A Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) dá um importante passo para reativar a Hidrovia do São Francisco. Em setembro, começam os estudos de sondagem e batimetria, que vão mapear o relevo dos fundos do rio. O objetivo é finalizar todos os processos até dezembro de 2026, incluindo licenciamento ambiental e consulta pública, para leiloar a concessão da hidrovia. No entanto, a iniciativa precisa ser aprovada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, que já autorizou os estudos de viabilidade.
O presidente da Codeba, Antonio Gobbo, explicou que o projeto será dividido em duas fases. A primeira já começou e inclui estudos de batimetria e diagnósticos socioambientais. A segunda fase, que ocorrerá em paralelo, focará na modelagem da concessão, conforme destacou durante um evento em Salvador.
A hidrovia, que possui 1.371 quilômetros navegáveis entre Petrolina (PE), Juazeiro (BA) e Pirapora (MG), visa facilitar o transporte de cargas do Nordeste para Minas Gerais, substituindo até 1.200 caminhões. Os produtos a serem transportados incluem insumos agrícolas, soja, milho, gipsita, minérios, bebidas e sal.
Especificamente na rota de 604 km entre Juazeiro e Petrolina, diversas empresas poderão utilizar a hidrovia, como Icofort, Mauriceia, Cargill e Arcelormittal, antes de seguirem de rodovia até o Porto de Aratu, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador.
Gobbo ainda ressaltou que a hidrovia beneficiará mais de 11 milhões de pessoas em 505 municípios. Para ele, a viabilização desse projeto é um marco no transporte de cargas na região e representa a reativação de um modelo de desenvolvimento já testado na história. “Esse é talvez um dos maiores e mais emblemáticos projetos de desenvolvimento humano que esse país já viu”, afirmou.
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