A Bienal de São Paulo inicia sua nova edição neste sábado, 6 de setembro, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. Com temática inspirada no poema “Da Calma e do Silêncio”, da poeta Conceição Evaristo, a exposição reúne 125 artistas e coletivos, sendo a mais longa da história do evento, com duração até 11 de janeiro. A entrada é gratuita.

Segundo Andrea Pinheiro, presidenta da Fundação Bienal de São Paulo, a extensão da mostra para quatro meses busca atrair um público maior, especialmente durante as férias escolares. Nos últimos anos, a Bienal contou com mais de 700 mil visitantes, consolidando-se como o maior evento de arte contemporânea do hemisfério sul.

A Bienal deste ano traz um enfoque no repensar da humanidade, por meio do título “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática”. A curadoria, liderada por Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, destaca a empatia como um dos temas centrais. “Ser humano é superar a indiferença e reconhecer que, mesmo nas ruínas, há abundância”, afirmou Ndikung.

Deslocamentos e reflexões sobre migrações

Outro ponto forte desta edição é a discussão sobre deslocamentos e fluxos migratórios, comparando-os ao movimento das aves. Os organizadores enfatizam que, assim como as aves, as pessoas trazem memórias e culturas ao cruzar fronteiras.

A exposição está dividida em seis capítulos. O primeiro, “Frequências de chegadas e pertencimentos”, apresenta um jardim que convida o público a desacelerar e reconectar-se com a natureza. Já o segundo, “Gramáticas de insurgências”, reflete sobre resistência e desumanização, enquanto o terceiro, “Sobre ritmos espaciais e narrações”, aborda marcas deixadas pelas migrações, incluindo a escravização de negros.

No total, 120 artistas exibirão suas obras, que incluem performance, vídeo, pintura e instalações. Além das exposições, a Bienal oferece debates e um projeto chamado “Aparições”, onde os participantes podem interagir usando realidade aumentada em diversos locais do mundo.

A Bienal é uma excelente oportunidade para os moradores e visitantes de São Paulo refletirem sobre o papel da arte e da humanidade em tempos desafiadores. O que você acha da proposta desta edição? Compartilhe sua opinião nos comentários!