SETEMBRO VERDE
Melhoria nos números ainda está longe de atender as 3.820 pessoas da lista de espera no estado
A doação de órgãos na Bahia cresceu 39% entre janeiro e julho deste ano em comparação ao mesmo período de 2024. Entretanto, esse aumento ainda não é suficiente para atender as 3.820 pessoas que aguardam por um transplante. O desafio permanece, especialmente para aqueles que precisam de pulmões ou fígados, pois não têm opções de tratamento que possam substituí-los.
Os rins são os órgãos mais demandados, com 2.123 pacientes na lista de espera. Segundo Eraldo Moura, coordenador do sistema de transplantes da Bahia, a hemodiálise é uma alternativa que mantém muitos desses pacientes na espera por um transplante, que é a única solução a longo prazo.
Campanha de Conscientização
Com o Setembro Verde, mês dedicado à doação de órgãos, a campanha visa mudar a percepção sobre o tema. Eraldo destaca que, segundo a legislação, a doação de órgãos de uma pessoa falecida só pode acontecer com a autorização da família. É essencial que as pessoas que desejam doar conversem com seus familiares sobre esse desejo.
A enfermeira America Carolina Sodré reforça que muitos familiares desconhecem a vontade do falecido em ser doador. Além disso, há a necessidade de desmistificar crenças erradas sobre a doação. O estado está investindo na educação de profissionais de saúde e da população para melhorar essa situação.
Atualmente, 58% das famílias negam a doação. O número de transplantes aumentou de 646 para 806 entre janeiro e julho de 2024 e 2025. O estado planeja expandir a rede de transplantes, com novos procedimentos sendo realizados em várias cidades como Vitória da Conquista, Feira de Santana e Juazeiro.
Desafios da Transplatação
Ainda com as doações, existe o risco de rejeição do órgão transplantado, que varia de acordo com o tipo de transplante. Para evitar isso, são realizados testes de compatibilidade genética e são utilizados medicamentos imunossupressores. Natalina dos Santos, de 59 anos, está novamente à procura de um rim após seu transplante anterior ter sido rejeitado. Ela continua fazendo hemodiálise, um procedimento que exige várias sessões semanais.
Natalina acredita que o transplante representa uma oportunidade de melhorar sua qualidade de vida e enfatiza a importância da conscientização familiar sobre a doação: “Você está dando vida a outras pessoas. É algo muito importante.”
E você, o que pensa sobre a doação de órgãos? Compartilhe suas opiniões nos comentários! Vamos discutir juntos esse tema tão relevante.
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