Moeda norte-americana subiu para R$ 5,43, enquanto o índice da B3 terminou em queda, aos 141,6 mil nesta terça-feira, 9 de setembro.
O dólar se valorizou nesta terça-feira, fechando acima de R$ 5,43, em meio a preocupações sobre o futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por supostas tentativas de golpe de Estado. Apesar de uma leve desvalorização em relação a outras moedas da América Latina, o dólar avançou 0,35%, sendo cotado a R$ 5,4363. Após uma queda de 3,19% em agosto, a moeda mostrou uma leve alta de 0,26% em setembro, mas, ainda assim, registra uma desvalorização de 12,04% no acumulado do ano.
De acordo com Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, as incertezas resultantes do julgamento de Bolsonaro, junto a possíveis novas sanções da administração Donald Trump, estão deixando o mercado cauteloso. A convocação virtual do Brics pelo presidente Lula, que ocorreu na segunda-feira, 8, aumentou o receio entre os investidores. “O mercado está buscando proteção, segurando o dólar acima de R$ 5,40”, destacou Galhardo.
O julgamento continua na quarta-feira, 10, com o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, votando pela condenação de Bolsonaro e outros réus. Moraes sustentou que Bolsonaro atuou como “líder de uma organização criminosa” que planejou atos violentos após a derrota nas eleições de 2022.
Ibovespa perde força e encerra abaixo da estabilidade, aos 141,6 mil
O Ibovespa operou próximo à estabilidade durante a sessão, apresentando uma variação de apenas 680 pontos, entre a mínima de 141.605,45 e a máxima de 142.285,53. Fechou em leve queda de 0,12%, marcando 141.618,29 pontos, com um volume de R$ 18,5 bilhões em negociações. No mês, o índice acumula um ganho de 0,14%, enquanto no ano já se aproxima de 18%, com uma alta de 17,74% até agora.
Embora ações de commodities, como da Petrobras, tenham apresentado bom desempenho, isso não foi suficiente para manter o Ibovespa em alta, especialmente com a queda de 0,30% das ações da Vale. O comportamento misto das grandes instituições financeiras resultou em variações que foram de -0,93% no Bradesco a +2,15% no Banco do Brasil.
Os investidores mostraram cautela, evitando assumir riscos enquanto aguardam a reação do governo Trump ao desfecho do julgamento de Bolsonaro. A leitura do voto de Moraes, que envolve acusações graves contra o ex-presidente, deixou o mercado ainda mais apreensivo.
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