Em julho, as exportações do setor agropecuário da Bahia passaram por uma mudança significativa. A Espanha se tornou o segundo maior destino dos produtos baianos, conforme apontado no Relatório de Exportações do Agronegócio divulgado recentemente pela Assessoria Econômica do Sistema Faeb/Senar. Essa alteração é ainda mais relevante diante das novas tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre alguns produtos brasileiros, em vigor desde 6 de agosto.
No mês anterior, os Estados Unidos haviam importado mais de 55 milhões de dólares em produtos agrícolas da Bahia, mantendo-se como o segundo maior destino, atrás apenas da China. Em julho, as importações americanas caíram para cerca de 35 milhões de dólares, permitindo que a Espanha assumisse essa posição com exportações de 36,8 milhões de dólares.
Esse declínio sugere que o mercado já estava demonstrando sinais de retração antes da implementação das tarifas, inicialmente programada para 1º de agosto e postergada para o dia 6. Especialistas acreditam que a expectativa em relação a essas mudanças já influenciou as negociações, refletindo na redução das compras de produtos como celulose, derivados de cacau e sucos de frutas, tradicionalmente fortes no mercado americano.
Apesar dessa readequação entre Espanha e Estados Unidos, a China continua sendo o maior parceiro comercial do agro baiano. O país asiático representa a maior parte das exportações, consolidando sua importância estratégica para as commodities da Bahia, como soja, celulose e produtos têxteis.
Um levantamento da Assessoria Econômica do Sistema Faeb/Senar revela que, de janeiro a julho de 2025, o comércio com a China superou consideravelmente os valores registrados com os outros destinos. Também houve uma recuperação nas exportações para a China em julho, após três meses de quedas nos valores negociados.
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