O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou sua preocupação em relação a uma proposta de lei que permite ao Congresso destituir o presidente e diretores do Banco Central. Haddad disse que essa ação, liderada pelos deputados do Centrão, não foi discutida com o governo e não vê razão para sua tramitação. Ele se pronunciou sobre o assunto nesta quarta-feira (3), em Brasília, ao ser questionado por jornalistas.
O projeto ganhou força na terça-feira, especialmente com a expectativa de que o Banco Central aprove a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). Quando indagado se o Congresso poderia estar pressionando para aprovação dessa operação, Haddad afirmou que preferia “nem imaginar” tal possibilidade.
O ministro destacou que discutiu o assunto com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e considerou o projeto “inoportuno”. Ele enfatizou a necessidade de priorizar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) número 65, que visa garantir autonomia financeira ao Banco Central. Esse modelo, segundo ele, é um caminho mais positivo para a autarquia.
Haddad também mencionou a importância de fortalecer a infraestrutura digital do Banco Central, que gerencia o sistema Pix. Ele acredita que é necessário promover um entendimento sobre como garantir essa autonomia e infraestrutura para a instituição.
Finalizando, o ministro se posicionou favorável à autonomia financeira do Banco Central, ressaltando que a entidade deve ter um orçamento próprio para suas despesas. Porém, ele acredita que transformá-lo em uma entidade de direito privado não seria a solução adequada.
E você, o que pensa sobre essa proposta? Acha que a autonomia do Banco Central deve ser preservada? Compartilhe sua opinião nos comentários!
Comentários Facebook