George Washington de Oliveira Souza, condenado por tentar explodir uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília na véspera do Natal de 2022, foi preso novamente na última terça-feira (9 de setembro) no Distrito Federal. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em 24 de junho de 2025.
Na decisão, Moraes destacou que a intenção de George era causar “terror social e generalizado” com a bomba que ele havia instalado em um caminhão próximo ao aeroporto. O ministro enfatizou que havia indícios de que o homem poderia repetir a criminalidade, principalmente após descumprir medidas cautelares e fugir após os crimes.
Além de George, outros dois envolvidos, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, também tiveram suas prisões preventivas decretadas.
Ameaça de bomba
Os três homens, inconformados com a vitória de Lula sobre Jair Bolsonaro, planejaram causar uma “comoção social” que poderia levar à decretação de estado de sítio e intervenção militar, visando remover Lula do poder. A atuação do motorista do caminhão foi crucial ao identificar a bomba antes que o veículo chegasse ao terminal. Para desarmar o dispositivo, equipes da Polícia Militar do DF (PMDF), do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), com o auxílio da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil (PCDF), foram mobilizadas.
Às 8h do dia 24 de dezembro de 2022, o esquadrão antibomba da PMDF foi acionado e conseguiu desativar a bomba por volta das 13h20. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou o trio em junho deste ano de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.
Após a depredação de ônibus e a tentativa de invasão à PF em 12 de dezembro de 2022, George mostrou frustração em uma mensagem ao afirmar: “ultrapassados quase um mês, nada aconteceu”.
Comentários Facebook