A situação das igrejas batistas na Ucrânia tem se tornado cada vez mais alarmante. A polícia russa, em cooperação com forças antiextremistas, tem invadido cultos cristãos, especialmente os do Conselho de Igrejas Batistas. O grupo norueguês de direitos humanos Forum 18 informou que pastores estão sendo multados por “atividade missionária ilegal”.
As congregações do Conselho de Igrejas Batistas não buscam registro oficial, o que as coloca em uma posição vulnerável. Elas também não informam as autoridades sobre o início de suas atividades. Como resultado, as autoridades russas alegam que o exercício da liberdade religiosa, incluindo cultos e a divulgação da fé, é ilegal.
Recentemente, em 8 de junho, a polícia fez uma abordagem em uma reunião batista em Krasnodon, região de Luhansk, durante a celebração do Pentecostes. Outro incidente ocorreu em Sverdlovsk em 10 de agosto, quando a polícia invadiu a igreja durante o culto matinal. Os policiais revistaram a casa onde a igreja se reúne e alegaram ter um mandado de busca por suspeitas de porte de armas. Durante a ação, foram fotografadas literaturas religiosas.
O pastor da igreja em Krasnodon, Vladimir Rytikov, foi multado em 45.000 rublos russos após ser considerado culpado por “atividade missionária ilegal”. A pena é superior ao salário médio da região e ignora que Rytikov, aposentado, cuida de um filho de 36 anos com dificuldades para viver de forma independente devido a um ferimento na cabeça. Ele recorreu ao Supremo Tribunal de Luhansk, mas a multa foi mantida, mesmo com o apoio de mais de 50 membros da igreja durante a audiência.
Outra acusação ocorreu em 30 de junho, quando Oksana Volyanskaya, na região de Donetsk, foi multada em 10.000 rublos por “atividade missionária ilegal”. Ela também foi instruída a destruir livros religiosos. As decisões judiciais têm afetado diversas denominações, incluindo comunidades judaicas e católicas, que enfrentam penalizações semelhantes por não seguirem as exigências burocráticas.
Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, mais de 500 igrejas e locais de culto foram danificados ou destruídos. Essa crescente repressão às práticas religiosas levanta preocupações sobre a liberdade de crença na região.
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