O setor industrial brasileiro enfrentou uma queda de 0,2% em julho, marcando o quarto mês consecutivo sem crescimento. Desde abril, a produção acumulou uma perda total de 1,5%. Apesar dessa queda, a produção atual está 1,7% acima dos níveis de fevereiro de 2020, antes da pandemia, mas ainda 15,3% abaixo do recorde alcançado em maio de 2011. Comparado a julho de 2024, houve um leve aumento de 0,2% na produção.

No acumulado do ano, a indústria teve um avanço de 1,1%, enquanto a variação em 12 meses foi de 1,9%. No entanto, a média móvel trimestral apresentou redução de 0,3% até julho, refletindo um cenário desafiador para o setor, que enfrenta dificuldades em várias áreas.

A produção industrial caiu em 13 das 25 atividades analisadas. A metalurgia foi uma das mais afetadas, com retração de 2,3%, e outros equipamentos de transporte apresentaram queda de 5,3%. Por outro lado, algumas atividades mostraram resultados positivos, como os produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com crescimento de 7,9%, e produtos alimentícios, que aumentaram 1,1%.

Quando analisado em relação a julho do ano anterior, 12 dos 25 setores tiveram um desempenho positivo. A indústria extrativa, por exemplo, se destacou com um aumento de 6,3%, impulsionado pela maior extração de petróleo e gás natural. Esses dados indicam uma recuperação em algumas áreas, apesar das dificuldades enfrentadas por outras.

A próxima atualização da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Brasil, que trará dados referentes ao mês de agosto de 2025, está programada para ser divulgada no dia 3 de outubro.