O governador Jerônimo Rodrigues (PT) não economizou nas palavras ao se referir ao relatório da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) sobre o andamento da construção da Ponte Salvador-Itaparica. Em uma declaração nesta quarta-feira (3), ele afirmou: “Um negócio ridículo, aquilo é fake”. O comentário surgiu após o Bahia Notícias divulgar que o documento apontou “pontos de atenção” no projeto, que visa conectar os dois municípios.
O relatório criticado pelo governador faz parte do trabalho contratado pela gestão estadual, através da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). O valor do contrato, assinado em dezembro de 2024, é de R$ 4,95 milhões e vigora por 15 meses, com a Fipe responsável pela consultoria e apoio técnico nas obras.
Jerônimo questionou a veracidade das informações do relatório, alegando que parece haver um desejo de ver o projeto fracassar. “Eu coloco a minha equipe para explicar que aquilo é especulação. Parece que estão torcendo contra a ponte”, disse, acrescentando que a informação sobre a falta de diálogo com as comunidades tradicionais também era “mentira” e “fake”.
O relatório, referente a julho de 2025, foi elaborado para monitorar a Parceria Público-Privada (PPP) do projeto. Nele, foram destacadas questões como cronograma, projeto de engenharia, licenciamento ambiental, desapropriações e gestão socioambiental.
Jerônimo, ainda em dúvida sobre o conteúdo do relatório, perguntou: “Quem fez o relatório? Foi do governo do estado?”
Entre os pontos críticos mencionados no documento estão o cronograma de implementação, plano de desapropriação e reassentamento, além do licenciamento ambiental e um Sistema de Gestão Integrada (SGI).
O relatório também informa que a Seinfra solicitou esclarecimentos à Concessionária sobre uma alteração na composição societária, a qual teve conhecimento por meio das redes sociais, mas não foi formalmente comunicada. Além disso, foram pedidos três orçamentos para projetos relacionados às obras complementares ao Sistema Viário do Oeste, abrangendo trechos de duplicação e do contorno da cidade de Nazaré das Farinhas.
O desenrolar dessa situação levanta importantes questões sobre a infraestrutura da região e as decisões tomadas pelo governo. O que você pensa sobre essa controvérsia? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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