Justiça faz 1ª audiência de PMs envolvidos em escolta de Gritzbach

A primeira audiência de instrução sobre os policiais militares acusados de envolvimento com Vinicius Gritzbach, delator do PCC assassinado em 2022, será realizada nesta quarta-feira (10/9). O Tribunal de Justiça Militar de São Paulo (TJM-SP) convocou cinco testemunhas de acusação para o processo que investiga 15 PMs por falsidade ideológica e organização criminosa.

Os policiais envolvidos na escolta de Gritzbach são: Giovanni de Oliveira, Leandro Ortiz, Talles Rodrigues, Alef de Oliveira, Adolfo Oliveira, Samuel Tillvitz, Jefferson Silva, Abraão Pereira, Leonardo Cherry, Thiago Maschion, Julio Cesar Scalett, Wagner de Lima, Erick Braian, Romarks Cesar e Nathan Botelho.

Além dos 15 PMs, três outros policiais foram tornados réus por envolvimento direto no assassinato de Gritzbach. Eles são: o cabo Dênis Antônio Martins, o soldado Ruan Silva Rodrigues e o tenente Fernando Genauro da Silva, responsável pela condução do veículo usado na fuga dos assassinos.

Gritzbach fez delações premiadas ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) e à Corregedoria da Polícia Civil, onde revelou conexões de agentes públicos com o PCC e o envolvimento de criminosos na lavagem de dinheiro da facção.

No total, 26 pessoas foram presas, incluindo 17 policiais militares e cinco civis, durante a Operação Tacitus. Além disso, quatro indivíduos relacionados a Kauê do Amaral Coelho, identificado como informante que alertou os assassinos sobre Gritzbach, também foram detidos.

Execução de Gritzbach

• Vinícius Gritzbach foi assassinado no dia 8 de novembro de 2022 no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, após retornar de uma viagem a Maceió.
• A namorada de Gritzbach, Maria Helena Paiva Antunes, mencionou que ele falava com uma pessoa sobre uma dívida dias antes do crime, e que teria pedido a um PM que buscasse joias como pagamento.
• No dia da execução, enquanto ele passava pela área de desembarque, dois homens encapuzados e armados com fuzis desceram de um carro e abriram fogo.
• Gritzbach sofreu 10 disparos e morreu no local. Também houve uma morte de um motorista de táxi do aeroporto e duas pessoas ficaram feridas durante o ataque.

O caso de Gritzbach levanta questões sérias sobre a relação entre a polícia e o crime organizado. O que você pensa sobre a atuação das autoridades neste caso? Compartilhe sua opinião nos comentários.