A Justiça Militar decidiu soltar nesta quarta-feira, 10 de setembro, três policiais militares sob acusação de envolvimento na escolta de Vinícius Gritzbach. Ele foi um delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) e foi morto a tiros no ano passado. A liberação ocorreu após a revogação da prisão preventiva dos três homens.
Os militares são o tenente Thiago Maschion Angelim, o soldado Abraão Pereira Santana e o soldado Julio Cesar Scalett Barbini. A decisão foi tomada por maioria na 1ª Auditoria da Justiça Militar, que ouviu cinco das oito testemunhas de acusação, incluindo duas sob proteção.
O caso envolve outros 15 policiais militares, que enfrentam acusações de falsidade ideológica e organização criminosa por terem atuado na proteção pessoal de Gritzbach.
Além dos três PMs liberados, outros três foram acusados diretamente pelo assassinato de Gritzbach: o cabo Dênis Antônio Martins, o soldado Ruan Silva Rodrigues e o tenente Fernando Genauro da Silva, que foi o motorista do carro usado na fuga dos assassinos.
Días antes de sua morte, Gritzbach fez delações ao Ministério Público de São Paulo e à Corregedoria da Polícia Civil. Em seu depoimento, revelou relações entre agentes públicos e o PCC, além de identificar criminosos envolvidos na lavagem de dinheiro da facção.
Até o momento, 26 pessoas foram presas, incluindo 17 policiais militares e cinco policiais civis. Essa operação, chamada Tacitus, da PF, investiga vínculo com o PCC, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. Quatro outras pessoas foram presas por terem ligação com Kauê do Amaral Coelho, que foi apontado como o informante que avisa os assassinos sobre a chegada de Gritzbach ao aeroporto.
Execução de Gritzbach
- Gritzbach foi assassinado em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, retornando de viagem a Maceió.
- Sua namorada, Maria Helena Paiva Antunes, declarou que o ouviu ao telefone dias antes do assassinato, falando com uma pessoa sobre um pagamento em dívida.
- No dia do crime, ao passar pela área de desembarque, Gritzbach foi abordado por dois homens encapuzados que estavam em um carro e armados com fuzis.
- Os dois homens dispararam 29 vezes; 10 tiros atingiram Gritzbach, que morreu no local. Um dos tiros acerta seu rosto.
- Além dele, um motorista clandestino do aeroporto foi morto e outras duas pessoas foram feridas durante os disparos.
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