Após o feriado de 7 de Setembro com o tema “Brasil Soberano”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou as redes sociais para enfatizar esse discurso. Em uma postagem no X, ele afirmou: “O Brasil tem lado. O do povo brasileiro”.
“Neste 7 de Setembro, reafirmamos nosso compromisso com um Brasil soberano e independente. Um Brasil que respeita seu povo e honra sua bandeira”, completou Lula, mencionando a importância da soberania, como “o poder de decidir nosso futuro” e “colocar o povo no centro das decisões”.
O primeiro destaque do presidente foi um discurso na noite de sábado (6/7), no qual afirmou: “Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e cuidar da nossa terra, sem interferência de nenhum governo estrangeiro. O Brasil tem um único dono: o povo brasileiro”.
No domingo (7/9), Lula participou do desfile cívico-militar em Brasília, que foi estruturado em três temas: “Brasil dos Brasileiros”, “Brasil do Futuro” e a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém (PA). Acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, o presidente percorreu a Esplanada dos Ministérios em um Rolls Royce, com a presença de 30 ministros e do presidente da Câmara, Hugo Motta.
A ausência dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi notada, incluindo Fernando Haddad (Fazenda), que estava em São Paulo. O Palácio do Planalto estimou a presença de 45 mil pessoas no evento, superando os 30 mil do ano anterior. O esquema de segurança incluiu um aumento no policiamento e a atuação de tropas especializadas da Polícia Militar do Distrito Federal, sem registros de incidentes.
Atos Pró-Bolsonaro
Enquanto isso, um ato em apoio a Jair Bolsonaro aconteceu na Avenida Paulista, em São Paulo, e teve uma participação maior do que o ato à esquerda na Praça da República. Segundo dados do Monitor do Debate Político do Cebrap, 42,2 mil pessoas compareceram ao protesto bolsonarista, enquanto 8,8 mil foram ao ato da esquerda.
O ato defendeu a anistia para os condenados pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Bolsonaro, que pode ser julgado em um processo que pode levar a condenações. Com o lema “Reaja Brasil”, essa foi a primeira manifestação após a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro.
No palanque, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou a delação do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, e chamou o ministro do STF Alexandre de Moraes de “tirano”.
O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores, atacou Moraes, chamando-o de “ditador de toga”, e elogiou Tarcísio como um “leão” na defesa da anistia. Durante a manifestação, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, emociona-se e pediu desculpas, afirmando que seu marido está “amordaçado dentro de casa”. Uma grande bandeira dos Estados Unidos foi exposta, simbolizando um “protesto pela liberdade” e um agradecimento a Donald Trump.
O clima tenso entre as manifestações reflete a polarização que marca a política atual. E você, o que acha dessas movimentações? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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