Charlie Kirk, CEO e cofundador da organização conservadora Turning Point USA, morreu na última quarta-feira após ser baleado durante um evento na Universidade Utah Valley, em Utah. A confirmação da morte foi dada por Donald Trump, um de seus aliados mais próximos.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que Kirk, de 31 anos, falava sob uma tenda branca com as mensagens “The American Comeback” (“A Retomada Americana”) e “Prove Me Wrong” (“Prove que estou errado”). De repente, um disparo é ouvido e ele leva a mão ao pescoço, enquanto uma quantidade significativa de sangue escorre.
Aubrey Laitsch, gerente de relações públicas da Turning Point USA, comentou: “Confirmamos que ele foi atingido por tiros e estamos orando por Charlie”, pouco antes da confirmação do falecimento. O prefeito de Orem, David Young, informou que o atirador continua foragido, embora uma pessoa tenha sido detida no campus, não sendo o autor dos disparos, segundo fontes da investigação.
Kirk participava de um debate organizado por sua própria fundação. Antes do disparo, ele respondia a perguntas sobre violência armada nos Estados Unidos. Ao ser questionado sobre a responsabilidade de americanos transgêneros em tiroteios em massa, afirmou: “Muitos”. A resposta causou reação do debatedor, mas foram as balas que interromperam o evento.
O evento já enfrentava polêmica no campus; quase 1.000 pessoas assinaram uma petição contra a presença de Kirk. No entanto, a instituição decidiu manter o evento, citando a Primeira Emenda da Constituição dos EUA e reafirmando seu compromisso com a liberdade de expressão e o diálogo construtivo.
Charlie Kirk foi uma figura influente na direita americana. Nascido em um lar evangélico nos subúrbios de Chicago, fundou a Turning Point USA em 2012, aos 18 anos, promovendo valores como livre mercado e governo limitado. Com o passar do tempo, tornou-se um porta-voz de uma geração de cristãos conservadores.
Em um encontro com pastores no Tennessee, ele alertou sobre a passividade de líderes religiosos, comparando-a à indiferença das igrejas durante o regime nazista na Alemanha. Em 2021, junto ao pastor Rob McCoy, estabeleceu a TPUSA Faith, um braço religioso da Turning Point, com o objetivo de mobilizar igrejas em torno de pautas conservadoras, como a oposição a intervenções de gênero em menores.
Charlie Kirk acumulava milhões de visualizações em seus podcasts e redes sociais. Ele organizava eventos com pastores, incentivando-os a se posicionar politicamente. “Ou vocês se envolvem e ajudam a definir a direção do país, ou deixarão um vazio para que outros que não compartilham dos seus valores ocupem esse espaço”, costumava afirmar.
Kirk deixa sua esposa, Erika Frantzve, e dois filhos. O impacto de sua morte certamente ecoará na política e nas discussões sobre liberdade de expressão.
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