Nesta segunda-feira (8), Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência Social, participou da CPMI do INSS e se apresentou como uma vítima de injustiça. Ele afirmou que confia na Justiça para provar sua inocência em relação aos descontos não autorizados feitos em benefícios de aposentados e pensionistas. Lupi negou qualquer participação em irregularidades e assegurou que seu nome não aparece entre os alvos da investigação.
“Os injustiçados serão enaltecidos. Eu aguardo o tempo de ver quem cometeu o crime ser preso e eu assistir ao nosso aposentado ser ressarcido”, declarou Lupi.
Ele acrescentou: “Não sou investigado e não tenho citação. Foram feitas dezenas de investigações e meu nome sequer é citado”.
Sobre os descontos, Lupi explicou que, desde janeiro de 2024, os cidadãos podem verificar se estão cientes desses descontos através do portal Meu INSS, e em março do mesmo ano, passou a ser possível pedir a exclusão deles pelo aplicativo.
Durante seu depoimento, Lupi também acusou os bancos de pressioná-lo após a redução das taxas de empréstimos consignados, que resultou em maior concorrência. Ele destacou que nunca cobriu desvios ou fraudes.
“Aí começa a briga entre os bancos e a briga dos bancos para me ver no cemitério. Mas eu estou aqui, vou continuar lutando. Errar é humano, eu posso ter errado várias vezes. Má-fé eu nunca tive. Acobertar desvios, nunca fiz na minha vida”, afirmou.
Ele ainda mencionou um aumento de 20% nos atendimentos da Ouvidoria do Ministério da Previdência em comparação a 2025. Lupi explicou que essa informação estava sendo repassada “imediatamente” à Polícia Federal.
Por fim, Lupi argumentou que as fraudes no INSS ocorreram “de fora para dentro”. Ele enfatizou que a ação foi resultado da conivência de algumas pessoas de dentro do órgão com associações criminosas, e expressou a esperança de que os culpados sejam exemplarmente punidos.
O depoimento de Carlos Lupi traz à tona questões importantes sobre a integridade do sistema previdenciário e a necessidade de soluções eficazes. O que você pensa sobre as declarações do ex-ministro? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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