No dia 19 de agosto, o governo de Daniel Ortega e Rosario Murillo revogou o status legal de 14 organizações sem fins lucrativos na Nicarágua, várias delas de origem cristã. De acordo com o jornal IPNicaragua, essas ONGs atuavam em áreas essenciais como saúde, acesso à água, habitação e assistência a populações vulneráveis.
Segundo as autoridades, dez das organizações foram fechadas sob a justificativa de “dissolução voluntária”, enquanto outras quatro tiveram o registro removido por suposto descumprimento de obrigações legais. O Ministério do Interior (MINT) da Nicarágua afirmou que essas falhas nos prazos de entrega de relatórios dificultavam o “controle e a supervisão” do governo.
Entre as ONGs afetadas estão:
- Congregación Fraternidad de Hermanas Misioneras Serviam – apoio espiritual e social.
- Fundación Familia de Nazaret – apoio a famílias de baixa renda.
- Living Water International (2012) – projetos de água potável.
- Lutheran World Relief, INC. (2003) – programas humanitários.
- Ministerio la Hermosa de Sanidad y Liberación (2006) – apoio espiritual e comunitário.
- Refugio de Jesús Sacramentado para el Alcohólico Desamparado (REJESAD) (1996) – reabilitação de pessoas com dependência química.
Essas entidades, com forte apelo cristão, forneciam não apenas orientação espiritual, mas também soluções concretas, como acesso a água potável e programas de reabilitação. O fechamento dessas ONGs gera um impacto significativo nas regiões que dependiam do trabalho delas.
Esta medida se insere em um contexto mais amplo, que tem resultado na desarticulação sistemática da sociedade civil na Nicarágua. Desde 2018, mais de 3.700 associações, fundações e ONGs já foram ilegalizadas, de acordo com dados de organizações de direitos humanos.
O fechamento dessas 14 organizações prejudica diretamente setores vulneráveis e destaca os desafios enfrentados pela comunidade cristã no país, que ocupa o 30º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025, que classifica os países onde os cristãos enfrentam mais perseguições.
O que você acha sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários e vamos discutir isso juntos.
Comentários Facebook