Nigéria: Cristãos mantidos como reféns e privados de comida em campos de terror fulani, alertam defensores

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Na Nigéria, a situação de cristãos sequestrados está se tornando cada vez mais alarmante. Uma facção radical fulani, identificada como uma milícia que busca estabelecer um califado, tem mantido reféns em campos de terror, enquanto o governo do país e a mídia parecem ignorar os apelos por ajuda, de acordo com defensores dos direitos humanos.

Durante uma coletiva de imprensa no Capitólio, Douglas Burton, ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA e editor sênior da Truth Nigeria, expôs detalhes sobre a situação. Ele mencionou que cerca de 500 ou 600 pessoas estão mantidas em cativeiro desde dezembro passado em uma floresta perto de Rijana, no estado de Kaduna, no noroeste do país.

Os relatos de sobreviventes revelam o horror que enfrentam. Uma mulher, identificada como Esther, foi sequestrada junto com sua filha de 10 meses. Em seu relato, Esther descreveu como os sequestradores não apenas a privaram de comida, mas também a ameaçaram ao proibir orações cristãs, enquanto assistia a execuções de outros reféns.

Esther foi libertada em 27 de agosto, após meses de cativeiro. “Eu orava para ser livre”, contou, destacando que a fé foi seu único consolo em meio ao sofrimento.

Líderes religiosos e de organizações de direitos humanos criticam fortemente a inação do governo nigeriano, que não protege nem cristãos nem muçulmanos considerados alvos dos terroristas fulani. Eles afirmam que muitos estão em risco constante de sequestro e que a violência tem raízes profundas que vão além dos conflitos entre agricultores e pastores.

Judd Saul, diretor da Equipping The Persecuted, enfatizou: “Os sequestradores são fulani e fazem parte de uma milícia étnica que visa eliminar comunidades cristãs.” Ele ressaltou que, apesar de o governo alegar que a violência não tem natureza religiosa, as tensões estão claramente agravadas por essa perseguição.

De acordo com relatos, há mais de mil cristãos em cativeiro, enfrentando tortura e desnutrição, e muitos são executados se suas famílias não conseguem pagar o resgate. A situação é gravíssima, e muitos estão clamando por ação internacional.

Burton e outros ativistas pediram que os Estados Unidos reintegrassem a Nigéria na lista de Países de Preocupação Especial, citando a crescente violência e a necessidade de responsabilização dos patrocinadores de grupos extremistas. “Estamos enfrentando uma jihad que está acontecendo diante de nossos olhos”, afirmou Saul, alertando que, se nada for feito, milhões de vidas estarão em risco.

Essa situação clama por mais atenção. O que você acha sobre essa história? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo.

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