Durante um protesto em Londres neste fim de semana, cerca de 900 pessoas foram detidas em apoio ao grupo Palestine Action, que foi proibido pelo governo britânico em julho último. A polícia metropolitana informou, no dia 7 de setembro, que 857 dos detidos foram presos por se manifestarem em apoio a uma organização proscrita sob a lei antiterrorista. Além disso, 33 pessoas foram detidas por agredir policiais e por outros crimes contra a ordem pública.
O protesto, que reuniu cerca de 1.500 pessoas em frente ao Parlamento britânico, teve cartazes com frases como “Sou contra o genocídio. Apoio o Palestine Action”. A proibição do grupo aconteceu após membros invadirem uma base da Força Aérea Britânica, causando danos de aproximadamente 7 milhões de libras. Essa decisão governamental gerou críticas, incluindo da ONU, que considera que a proibição é exagerada e pode ameaçar a liberdade de expressão.
O governo trabalhista afirmou que ainda é possível participar de marchas em apoio aos palestinos e que um grupo chamado Defend Our Juries está organizando manifestações contra a proibição. A Polícia de Londres havia avisado que não hesitaria em prender aqueles que se manifestassem a favor do Palestine Action. A subcomissária adjunta Claire Smart ressalta que a polícia deve agir sem favoritismos.
Durante o protesto, houve confrontos entre policiais e manifestantes que tentavam impedir as detenções. Polly Smith, uma aposentada de 74 anos, defendeu o direito de existir do Palestine Action, dizendo que a proibição deve ser revogada. Outro manifestante, Nigel, 62 anos, também criticou a decisão do governo, afirmando que deveria focar em cessar os conflitos em Gaza ao invés de reprimir os protestos.
Esses eventos mostram um aumento no apoio ao grupo proibido. Desde julho, mais de 800 pessoas foram detidas, e 138 enfrentam acusações de apoio ou incitação a uma organização terrorista, com penas que podem variar de seis meses a 14 anos de prisão, dependendo do envolvimento.
Além disso, outra marcha pró-Palestina ocorreu com milhares de participantes nas ruas de Londres. Desde o início da ofensiva israelense em Gaza, depois do ataque do Hamas contra Israel em outubro de 2023, manifestações em apoio aos palestinos têm se tornado comuns no Reino Unido.
Com a crescente tensão no conflito, o desastre se intensificou em ambos os lados. O ataque do Hamas resultou na morte de 1.219 pessoas em Israel, a maioria civis, enquanto a ofensiva israelense causou a morte de pelo menos 64.300 pessoas em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde local.
O que você acha dessa situação? Deixe suas opiniões nos comentários e vamos debater sobre a importância da liberdade de protesto e a questão Palestina.
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