A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (3) uma operação que incluiu buscas em gabinetes de pelo menos dez dos 24 deputados estaduais do Tocantins. A ação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), é parte da segunda fase da Operação Fames-19 e aconteceu na capital Palmas, assim como em Araguaína, João Pessoa, Imperatriz e no Distrito Federal.
Esta fase da operação foi lançada mais de um ano após a primeira, realizada em agosto de 2024. O objetivo é aprofundar as investigações sobre o desvio de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de covid-19 e verificar o uso indevido de emendas parlamentares e vantagens indevidas recebidas por autoridades públicas.
Como resultado das ações, o governador Wanderley Barbosa foi afastado do cargo por seis meses. A assessoria da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins (Aleto) informou que os servidores colaboraram plenamente com as determinações do STJ e da PF, disponibilizando todos os documentos e informações solicitadas nas dez ordens de busca e apreensão.
Os protocolos foram cumpridos nos gabinetes do presidente da Assembleia, deputado Amélio Cayres, e de outros três membros da Mesa Diretora. Também foram alvos da operação os deputados Claudia Lelis, Ivory de Lira, Jorge Frederico, Nilton Franco, Olyntho Neto e Valdemar Júnior.
A assessoria da assembleia reiterou que nem a Procuradoria-Geral teve acesso aos autos do processo, impossibilitando uma manifestação sobre os motivos legais que levaram à ação. Além disso, a Assembleia não foi intimada sobre decisões judiciais relacionadas à investigação, que ainda está em andamento.
Com os desdobramentos dessa operação, a população da região está atenta às implicações políticas e legais que podem surgir. Quais são as suas opiniões sobre essa situação? Compartilhe seus pensamentos nos comentários.
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