A quase um mês da implementação de uma taxa de 50% sobre diversos produtos baianos, o presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Marcos Passos, expressa sua esperança de que essa medida seja revista. Ele alerta que, se a cobrança continuar, o setor de água de coco, vital para a economia do estado, pode enfrentar sérias dificuldades, resultando em aumento de desemprego.
Atualmente, cerca de 80% da produção de água de coco baiana destina-se ao mercado dos Estados Unidos. A perda desse mercado pode levar indústrias a fechar as portas. Em comentário ao Bahia Notícias durante um evento em Salvador, Passos destacou a importância do mercado americano para a viabilidade do setor.
Nesta semana, um grupo de empresários brasileiros, liderados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), seguirá para os Estados Unidos em busca de renegociar as tarifas que afetam o Brasil. Ricardo Alban, presidente da CNI, também é baiano.
Tanto Marcos Passos quanto Humberto Miranda, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), optam por não criticar diretamente Donald Trump. Passos enfatizou a importância de uma relação diplomática entre Brasil e Estados Unidos, afirmando que é o diálogo que pode trazer soluções para o impasse.
Passos também manifestou preocupação em relação à possível resposta do governo Lula, que pode aplicar a Lei de Reciprocidade. Essa lei permitiria que tarifas semelhantes fossem impostas ao que o Brasil importa dos Estados Unidos, criando um cenário no qual o Brasil, que importa mais do que exporta, poderia enfrentar maiores prejuízos.
A situação requer atenção, pois a falta de alternativas de compra poderia impactar ainda mais os setores dependentes das importações. Qual é a sua opinião sobre essas tarifas? Deixe seu comentário!
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