“Processo de conturbação extrema”, diz ministro sobre Crime da 113 Sul

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O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antônio Saldanha, declarou seu voto a favor da anulação da condenação da arquiteta Adriana Villela. O julgamento ocorreu nesta terça-feira, com discussões sobre recursos de defesa e acusação relacionados ao triplo homicídio de seus pais e da empregada da família, ocorrido em 2009.

Durante sua defesa, Saldanha ressaltou “uma omissão que foi sendo postergada” e questionou o porquê de certos órgãos manterem partes das provas ocultas. “Isso é grave”, afirmou. Em sua visão, o caso apresenta “uma conturbação extrema”, sugerindo que o julgamento deveria ter sido mais limitado e focado.

“Esse processo é de uma conturbação extrema. Até por isso, deveria ocorrer um julgamento estreito”, defendeu Saldanha.

Em contraste, o ministro Og Fernandes votou pela manutenção da condenação de Adriana. Ele destacou que os elementos de prova utilizados contra ela já haviam sido disponibilizados, uma argumentação contrária às alegações da defesa.

O Julgamento

Adriana Villela foi condenada a 61 anos de prisão por ser considerada mandante do triplo homicídio. O caso, conhecido como Crime da 113 Sul, refere-se ao endereço onde os assassinatos ocorreram. O STJ está analisando os recursos de ambas as partes, com a defesa buscando anular o júri, afirmando que o crime se tratou de um latrocínio e que houve falha nas investigações ao não considerar os álibis da arquiteta.

Por outro lado, o Ministério Público reivindica a prisão imediata de Adriana, que recorreu à justiça em liberdade. Para a acusação, as motivações do crime se basearam em desavenças financeiras entre ela e seus pais. Além disso, o ex-porteiro do prédio foi acusado de ter recebido dinheiro da arquiteta para simular um assalto antes de assassinar as vítimas a facadas.


Crime da 113 Sul

  • Em agosto de 2009, José Guilherme, Maria e Francisca foram mortos no apartamento da família, no 6º andar de um prédio na 113 Sul.
  • As vítimas receberam mais de 70 facadas durante o ataque.
  • No julgamento de 2019, o porteiro Paulo Cardoso Santana foi condenado a 62 anos de prisão. Outros dois co-autores, Leonardo Campos Alves e Francisco Mairlon, receberam penas de 60 e 55 anos, respectivamente.
  • O Metrópoles explorou o caso em detalhe no podcast “Revisão Criminal”, apresentando as teses da defesa e da acusação em sete episódios.

O que você pensa sobre os desdobramentos deste caso? Deixe sua opinião nos comentários.

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