Os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, invadiram neste domingo (31) os escritórios do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Sanaa, a capital do Iêmen. A invasão resultou na detenção de vários funcionários, conforme relataram autoridades locais.
Esse ataque ocorreu após o assassinato do primeiro-ministro do grupo e membros de seu gabinete, em um ataque atribuído a Israel. Abeer Etefa, porta-voz do PMA, declarou que forças de segurança invadiram as instalações pela manhã. “O PMA reitera que a detenção arbitrária de pessoal humanitário é inaceitável”, ressaltou Etefa, confirmando que ao menos um funcionário foi preso em Sanaa e que outros poderiam ter sido detidos em outras regiões do país.
De acordo com um funcionário da ONU, que pediu anonimato, os escritórios do Unicef também foram alvo da invasão. Ele mencionou que perdeu contato com diversos colegas do PMA e da Unicef, que provavelmente foram detidos. Ammar Ammar, porta-voz da Unicef, confirmou a prisão de integrantes da agência e afirmou: “Estamos buscando mais informações com os houthis.”
Tanto o PMA quanto o Unicef estão realizando um levantamento sobre a situação de seus funcionários em Sanaa e em áreas sob controle dos rebeldes. As invasões refletem uma crescente repressão dos houthis contra agências da ONU e organizações internacionais no Iêmen. O grupo já havia detido dezenas de funcionários de Nações Unidas e colaboradores de ONGs, além de trabalhadores da antiga Embaixada dos Estados Unidos em Sanaa. Em janeiro, a ONU suspendeu suas operações em Saada, reduto houthi, após a prisão de oito de seus funcionários.
Este cenário levanta preocupações sobre a segurança dos trabalhadores humanitários na região e as implicações para a ajuda humanitária necessária em um dos países mais afetados pela crise no mundo.
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