O Spotify lançou recentemente um novo recurso de mensagens diretas que visa facilitar a interação entre usuários ao compartilhar músicas, podcasts e outros conteúdos. No entanto, esta novidade gerou preocupações entre especialistas em segurança, que alertam para o risco de abuso de menores.
O recurso de mensagens está disponível para usuários premium com 16 anos ou mais. Haley McNamara, diretora do Centro Nacional de Exploração Sexual (NCOSE), expressou suas preocupações ao afirmar que essa funcionalidade pode ser utilizada por predadores para se aproximar de adolescentes. Ela ressaltou que o Spotify tem um histórico de não priorizar a segurança infantil, mencionando a longa espera de oito anos para a introdução de controles parentais básicos.
O NCOSE, que inclui o Spotify em sua “Lista dos Doze Sujos” de 2024, registrou evidências de abuso e aliciamento de menores na plataforma. McNamara adverte que o novo recurso pode intensificar esses problemas, afirmando que todos os menores devem ser protegidos contra danos online, independentemente de sua idade.
Em resposta, um porta-voz do Spotify informou que a plataforma implementou um processo de verificação de idade e que os usuários poderão se conectar apenas com amigos ou familiares que já tenham interagido na plataforma. O usuário também terá controle sobre o recebimento de mensagens, podendo bloquear ou denunciar conteúdo ofensivo.
Apesar das promessas do Spotify, McNamara expressou ceticismo, destacando que as checagens de idade estão em fase de teste apenas em alguns mercados e se referem principalmente ao consumo de conteúdo, e não ao recurso de mensagens. Ela ressaltou a necessidade de uma verificação de idade mais rigorosa e defendeu que a idade mínima para acesso ao recurso de mensagens deveria ser 18 anos.
Com dados que revelam que três em cada cinco casos de extorsão sexual envolvem jovens de 16 e 17 anos, McNamara considerou que as políticas de segurança do Spotify são insuficientes. Para ela, mudanças significativas na implementação do recurso são necessárias, de modo a priorizar a segurança dos menores na plataforma.
E você, o que pensa sobre esse novo recurso do Spotify? Acha que ele pode trazer mais riscos para os menores? Deixe sua opinião nos comentários!
Comentários Facebook