Na manhã de quarta-feira, durante o segundo dia do julgamento da suposta trama golpista, o advogado do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, criticou o ministro Alexandre de Moraes. Ele acusou Moraes de ultrapassar sua função judicial ao assumir um papel investigativo na Ação Penal 2668.
O advogado Matheus Moayer Milanez destacou que, durante as audiências, Moraes fez perguntas a uma testemunha que não estavam nos autos do processo, questionando a postura do relator. A defesa se perguntou por que o Ministério Público não havia tomado a iniciativa de investigar a testemunha. “Qual é o papel do juiz: julgador ou inquisidor?”, indagou Milanez.
Segundo o advogado, um juiz deve ser imparcial e não se envolver na coleta de provas. Ele ressaltou que, embora o questionamento de Moraes ao testemunha não seja irrelevante, a responsabilidade pela coleta de evidências deve ser do Ministério Público.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou sua sessão às 9h18 e se concentrou no julgamento de uma ação que investiga Bolsonaro e outros sete réus. Essa investigação se refere a uma suposta trama golpista relacionada ao ex-presidente e outros membros importantes do governo.
Réus do núcleo crucial da trama
- **Alexandre Ramagem** – ex-diretor da Abin, acusado de disseminar notícias falsas sobre fraude nas eleições.
- **Almir Garnier Santos** – ex-comandante da Marinha, supostamente envolvido em reuniões que apoiaram a tentativa de golpe.
- **Anderson Torres** – ex-ministro da Justiça, acusado de assessorar Bolsonaro na execução do plano golpista.
- **Augusto Heleno** – ex-ministro do GSI, participava de uma live com informações falsas sobre a urna eletrônica.
- **Jair Bolsonaro** – ex-presidente, apontado como o líder da trama golpista.
- **Mauro Cid** – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, delator do caso.
- **Paulo Sérgio Nogueira** – ex-ministro da Defesa, envolvido em tentativas de obstrução das eleições.
- **Walter Souza Braga Netto** – único réu preso, com acusações de obstrução de justiça.
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