A cidade de Washington moveu uma ação judicial contra o presidente Donald Trump e membros de seu governo pelo envio de tropas federais à capital dos Estados Unidos. Embora a prefeita tenha reconhecido que essa medida ajudou a reduzir a criminalidade, ela foi classificada como uma “ocupação militar forçada” que vai além dos poderes do presidente.
No mês de agosto, Trump decidiu enviar tropas para “limpar” Washington, alegando que a cidade estava “dominado por gangues violentas”. Ele também ameaçou aplicar essa estratégia em outras localidades governadas por democratas, como Chicago, Nova York, Baltimore e Nova Orleans.
O procurador de Washington, Brian Schwalb, criticou a administração de Trump por fazer uso ilegal do Exército em funções de manutenção da ordem. Em um comunicado, ele afirmou: “O envio da Guarda Nacional não é apenas desnecessário, mas também perigoso e prejudicial”. Schwalb alertou que permitir que militares patrulhem as ruas pode representar um risco: “Hoje é Washington, mas amanhã pode ser qualquer outra cidade”.
A ação judicial mira Trump, o secretário de Defesa Pete Hegseth, a secretária de Justiça Pam Bondi e o próprio Pentágono. Este caso acompanha outro episódio, onde um juiz federal na Califórnia considerou ilegal o envio de militares a Los Angeles durante protestos contra a política migratória do governo.
Enquanto o uso de tropas para combater o crime é comum em países da América Latina, nos Estados Unidos a separação entre estados e governo federal torna a questão mais delicada. Washington, por ser um distrito e não um estado, tem autonomia limitada, sob o controle do Congresso. Em agosto, uma ação semelhante movida por Schwalb resultou em um acordo entre a cidade e a administração federal sobre o controle da polícia local.
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