Um recente levantamento revela que a Bahia possui a menor taxa de encarceramento do Brasil, com apenas 92,39 pessoas presas para cada 100 mil habitantes. Os dados, coletados até dezembro de 2024, destacam o estado no extremo inferior do ranking nacional. Esta informação é fruto do cruzamento de dados do Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional (SISDEPEN/SENAPPEN) e das estimativas populacionais do IBGE para 2024.
Atualmente, a Bahia conta com 13.721 pessoas privadas de liberdade, em um total de 14.850.513 habitantes. Esse número é significativamente inferior à média nacional, que gira em torno de 315 presos por 100 mil habitantes. A pesquisa indica que taxas mais baixas, como a da Bahia, podem estar relacionadas à menor capacidade prisional, à aplicação de medidas penais alternativas, ou até mesmo a diferenças nas práticas de registro e execução penal.
Enquanto a Bahia apresenta este resultado positivo, outros estados brasileiros têm taxas de encarceramento bem mais elevadas. Entre eles, o Acre lidera com 613,31 presos por 100 mil habitantes, seguido pelo Espírito Santo com 587,91, Mato Grosso do Sul com 569,73 e o Distrito Federal com 540,70. A situação se agrava em São Paulo, que concentra a maior população carcerária do país, com 205.984 detentos, o que corresponde a quase um terço do total nacional. A taxa paulista é de 448,05 presos por 100 mil habitantes, acima da média brasileira.
Na comparação com os estados do Nordeste, a Bahia se destaca ainda mais. Todos os outros estados da região apresentam taxas de encarceramento superiores, embora a maioria ainda esteja abaixo da média nacional. Os números são os seguintes:
– Alagoas: 162,73 por 100 mil habitantes
– Maranhão: 167,49 por 100 mil habitantes
– Piauí: 213,23 por 100 mil habitantes
– Rio Grande do Norte: 215,32 por 100 mil habitantes
– Ceará: 241,46 por 100 mil habitantes
– Sergipe: 263,37 por 100 mil habitantes
– Paraíba: 299,39 por 100 mil habitantes
– Pernambuco: 303,84 por 100 mil habitantes
Este cenário sugere uma tendência regional, onde os estados do Norte e Nordeste têm taxas de encarceramento proporcionalmente mais baixas em comparação aos do Sul e Sudeste. O relatório aponta que essa diferença pode refletir não apenas o tamanho da população e a capacidade dos sistemas prisionais, mas também fatores socioeconômicos e as políticas públicas de segurança e judiciária de cada local.
O que você pensa sobre essas estatísticas? Vamos debater como os diferentes estados tratam suas populações carcerárias. Deixe seu comentário abaixo!
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