A CPMI do INSS convocou Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral da autarquia, para depor. Ele está sob investigação por ser um dos facilitadores de descontos ilegais sobre aposentadorias. Conforme as apurações, uma empresa de sua esposa, Thaisa Hoffmann, teria recebido R$ 11,9 milhões em propina. Os pagamentos eram feitos por entidades em troca de pareceres que permitiram a continuidade desse esquema.

Entre os envolvidos, aparece também António Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, que fez transferências financeiras ligadas aos repasses. A CPMI ainda não definiu a data do depoimento de Virgílio, que foi afastado pela Polícia Federal.

Além de Thaisa, Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira, irmã de Virgílio, também foi convocada, mas as datas dos depoimentos ainda não foram agendadas. No início de setembro, houve a aprovação da quebra de sigilo bancário de Virgílio e de outras 66 pessoas, além de 91 associações e empresas relacionadas.

Durante a sessão de hoje, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), destacou as dificuldades em encontrar alguns convocados. Ele mencionou a possibilidade de solicitar condução coercitiva para aqueles que não compararem, incluindo Milton Baptista de Souza, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, que é alvo de denúncias por cobranças indevidas de mensalidades.

A CPMI já decretou a prisão de dois investigados, Rubens de Oliveira, apontado como operador financeiro do esquema, e Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer. Ambos foram soltos após questionamentos, mas o presidente da CPMI afirmou que qualquer mentir durante os depoimentos levará a represálias.

Esse caso que envolve altos valores e possíveis fraudes merece a atenção de todos. O que você acha sobre essa situação? Deixe seu comentário e opinião.