Japa: influencer do crime usou perfil para disseminar golpe milionário

Publicado:

A influenciadora Laís Rodrigues Moreira, conhecida como Japa, foi detida em Piracicaba, São Paulo, durante a Operação Modo Selva. A prisão ocorreu na quarta-feira, 1º de outubro, e ela e sua mãe, Silvana Rodrigues, de 52 anos, são suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em fraudes digitais. Com mais de 110 mil seguidores no Instagram, Japa utilizava seu perfil para promover golpes que geraram milhões de reais.

A operação, realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, desarticulou uma organização criminosa que usava deepfakes de celebridades como Gisele Bündchen e Juliette para enganar as vítimas. A defesa de Laís e Silvana não foi localizada até o momento. A delegada Isadora Marina Galian Guarabyra liderou a ação, que contou com apoio da 2ª Delegacia de Entorpecentes de Piracicaba.

japa rsz japa galeria 6 2

logo metropoles branca

japa rsz japa galeria 6 2

1 de 9

Influenciadora “Japa” presa em Piracicaba por golpes digitais

Reprodução/Instagram

japa rsz japa galeria 6 3

2 de 9

Perfil no Instagram foi usado para impulsionar fraudes milionárias

Reprodução/Instagram

japa rsz japa galeria 6 4

3 de 9

Deepfakes de celebridades enganaram milhares de vítimas

Reprodução/Instagram

japa rsz japa galeria 6 5

4 de 9

Quadrilha ostentava itens de luxo comprados com dinheiro do golpe

Divulgação/Polícia Civil

rsz japa mais 1

5 de 9

Japa é apontada como “influenciadora do crime” pela polícia

Reprodução/Instagram

rsz japa mais 2

6 de 9

Reprodução/Instagram

rsz japa mais 3

7 de 9

Golpes cobravam pequenas taxas, mas renderam mais de R$ 20 milhões

Reprodução/Instagram

rsz japa mais 4

8 de 9

Mentoria criminosa ensinava ‘predadores digitais’ a aplicar golpes

Reprodução/Instagram

japa rsz japa galeria 6 1

9 de 9

Reprodução/Instagram

“O que parecia um golpe simples revelou uma organização extremamente sofisticada, que explorava nomes de grandes marcas e usava tecnologia de ponta para enganar as vítimas”, afirmou a delegada.

Mentoria de “predadores digitais”

A polícia identificou Levi Andrade da Silva Luz como o cérebro do esquema. Ele criava conteúdos no Instagram, promovendo “mentorias para predadores digitais” e atraindo diversos seguidores, incluindo Japa. A delegada destacou que Levi formou uma verdadeira “escola para novos criminosos digitais”.

O papel da “influenciadora do crime”

Laís, apontada como “influenciadora do crime”, dava visibilidade e credibilidade às campanhas fraudulentas. Os golpistas marcavam seu perfil para potencializar o alcance. Ela também estava envolvida na promoção de jogos de azar ilegais e plataformas de apostas, ampliando assim os lucros do grupo.


Como os golpes eram aplicados

  • O esquema operava em quatro etapas:
  • Criação do deepfake – Vídeos falsos com imagens de celebridades anunciavam produtos inexistentes.
  • Divulgação massiva – Anúncios fraudulentos eram espalhados por perfis falsos, incluindo o de uma fictícia “Dra. Bianca Oliveira”.
  • Captura das vítimas – Interesses eram redirecionados a sites falsificados, onde taxa de “frete grátis” era cobrada via Pix.
  • Lavagem de dinheiro – Valores eram desviados para empresas fantasmas e contas de laranjas.

Apesar das pequenas taxas, a quadrilha movimentou mais de R$ 20 milhões e ostentava carros de luxo, como Porsche e BMW, além de viagens de helicóptero.


Outros investigados

  • Lucas Tiago Oliveira de Cerqueira, conhecido como ‘LB’, responsável pela articulação financeira.
  • Leonardo Sales de Santana, dono da Elite Pay, que gerenciava os pagamentos fraudulentos.
  • Carlos Eduardo Cardoso de Araújo Soares, um aprendiz de Levi, que debochava das vítimas.
  • No total, a Justiça decretou sete prisões preventivas e bloqueou 21 contas, que podem gerar um empoderamento de R$ 210 milhões.

Presas em Piracicaba

Laís e Silvana foram detidas em Piracicaba e estão à disposição da Justiça. A operação também cumpriu mandados em estados como Rio Grande do Sul e Bahia, revelando um novo padrão de crimes cibernéticos no Brasil, onde tecnologia e marketing digital se tornaram ferramentas de fraude. A polícia agora investiga o mapeamento das vítimas e busca recuperar os valores desviados.


Dicas da polícia para evitar golpes digitais

  • Desconfie de promoções “imperdíveis” com celebridades.
  • Verifique a autenticidade dos perfis oficiais.
  • Pesquise a reputação da empresa em sites especializados.
  • Nunca forneça dados pessoais ou utilize o Pix sem confirmação da legitimidade.
  • Denuncie golpes, mesmo que envolvendo pequenas quantias.

Esse caso levanta uma série de questões importantes sobre segurança digital. O que você pensa sobre isso? Já conhecia esse tipo de golpe? Compartilhe suas opiniões nos comentários.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Academia de Letras da Bahia lembra os 128 anos da Guerra de Canudos com evento aberto ao público

Em outubro de 2025, marcam-se 128 anos desde o fim da Guerra de Canudos, um episódio sombrio da história brasileira. Este conflito resultou...

Gabi Martins diz que fã ofereceu R$ 200 mil por xixi dela

Gabi Martins, a cantora e ex-BBB, compartilhou uma experiência peculiar durante sua participação no podcast Podshape. Ela contou que um fã chegou a...

Filho de Milton Nascimento desabafa sobre diagnóstico do pai: “Me deixando aos poucos”

Augusto Nascimento, filho do renomado cantor Milton Nascimento, abriu seu coração nas redes sociais sobre o diagnóstico de demência de seu pai, revelado...