A Espanha enfrenta um aumento alarmante nas mortes relacionadas ao calor. Somente em 2025, mais de 3.830 óbitos foram registrados, o que equivale a um aumento de 87,6% em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde no dia 2 de outubro.
Desses óbitos, mais de 65% foram de pessoas com mais de 85 anos e cerca de 96% afetaram pessoas com mais de 65 anos. Essas previsões são feitas com base no sistema “MoMo” (Monitorização da Mortalidade), que analisa as variações na mortalidade diária em comparação com o esperado segundo dados históricos.
O sistema MoMo utiliza informações do Instituto Nacional de Estatística e registros civis, além das temperaturas da Agência Estatal de Meteorologia (Aemet). No ano passado, o MoMo estimou 2.042 mortes relacionadas ao calor, enquanto neste verão o número subiu para 3.832, evidenciando o impacto severo das altas temperaturas.
A Espanha, que viveu seu verão mais quente já registrado, teve uma temperatura média de 24,2 °C. Em agosto, o país enfrentou uma onda de calor histórica que durou 16 dias, resultando em devastadores incêndios florestais que causaram a morte de quatro pessoas e destruíram grandes áreas de terra.
Cientistas alertam que as mudanças climáticas estão exacerbando as ondas de calor e outros fenômenos meteorológicos extremos. Nove dos dez verões mais quentes na Espanha ocorreram no século XXI, segundo a Aemet.
Essas estatísticas são um chamado para a reflexão e a ação em relação aos efeitos do aquecimento global na saúde pública. E você, o que pensa sobre esse aumento e os impactos das mudanças climáticas? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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