Um novo estudo revela que quase metade dos adultos nos Estados Unidos considera a Bíblia uma coleção de “mitos antigos” que, embora sejam úteis, não são literalmente verdadeiros. Essa pesquisa foi realizada pela Lifeway Research e está documentada no relatório “The Ligonier State of Theology 2025”.
Entre os 3.001 adultos entrevistados, a maioria acredita que a adoração a Deus pode acontecer em casa ou em família, em vez de ser uma obrigação nas igrejas. Muitos também têm dúvidas sobre a ressurreição e a divindade de Jesus.
Os dados mostram uma mudança significativa nas crenças religiosas. Apenas 48% afirmam que “a Bíblia contém relatos úteis de mitos antigos, mas não é literalmente verdadeira”. Em contraste, 43% discordam dessa afirmação. Aproximadamente 8% dos entrevistados não têm certeza.
Grupos específicos, como evangélicos e protestantes negros, tendem a discordar da visão de que a Bíblia é um “mito”. Além disso, moradores de grandes cidades e com renda familiar acima de US$ 75.000 são mais propensos a não enxergar a Bíblia como “literalmente verdadeira”.
Em resposta à afirmação de que “a Bíblia é 100% precisa em tudo o que ensina”, apenas 31% concordam totalmente, enquanto 44% expressam alguma forma de discordância. O estudo também indica que muitos americanos não veem Deus como um ser perfeito. Quando questionados sobre essa crença, apenas 53% concordaram fortemente.
Em relação à afirmação de que “há um só Deus verdadeiro em três pessoas”, apenas 55% concordaram plenamente. Curiosamente, quase metade dos entrevistados (48%) acreditam que “Jesus foi um grande mestre, mas não era Deus”.
Outros temas, como a definição de casamento e a visão sobre sexo fora do matrimônio, também mostram divisões. Cerca de 52% dos adultos acreditam que o sexo fora do casamento é pecado, enquanto outros 44% discordam.
A pesquisa também abordou a questão de gênero, com 38% dos adultos concordando que “as pessoas devem poder escolher seu gênero, independentemente do sexo biológico”. No entanto, a maioria, cerca de 54%, é contra essa afirmação.
Finalmente, mais de 40% dos entrevistados expressaram a ideia de que a condenação bíblica da homossexualidade não se aplica mais hoje, sugerindo uma mudança nas posições religiosas e sociais.
Apesar das dúvidas sobre sua literalidade, metade dos entrevistados ainda vê a Bíblia como um guia para a vida. Quando perguntados se a Bíblia possui autoridade sobre o que devemos fazer, 28% concordaram fortemente e 22% parcialmente.
Esses resultados revelam um cenário religioso em transformação nos Estados Unidos. O que você acha sobre essa mudança nas crenças? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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