A Venezuela anunciou nesta quinta-feira (2) que cinco caças dos Estados Unidos “ousaram se aproximar” de suas costas, no contexto de um aumento das operações militares de Washington no Caribe, voltadas para combater o tráfico de drogas. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, afirmou que o sistema de defesa aéreo do país detectou esses aviões de combate durante uma transmissão na televisão estatal.
Recentemente, os EUA mobilizaram dez caças F-35 para Porto Rico, sendo acompanhados por oito navios de guerra. Padrino classificou essa movimentação como uma ameaça à segurança nacional da Venezuela, afirmando que a presença dos aviões não intimida o país. “Denuncio essa provocação diante do mundo”, ressaltou o ministro.
Embora Padrino não tenha especificado a localização exata dos caças, comentou que pilotos de companhias aéreas comerciais passaram a avistar essas aeronaves. Nas últimas semanas, quatro embarcações ligadas a narcotraficantes foram destruídas por ataques americanos, aumentando as tensões na região.
O presidente Nicolás Maduro acredita que Donald Trump está usando a luta contra o narcotráfico como uma fachada para derrubá-lo e tomar o controle das grandes reservas de petróleo da Venezuela. Em resposta ao que considera um cerco, Maduro mobilizou milícias e promoveu exercícios militares, como o realizado em 20 de setembro, que contou com a presença de navios de guerra e milhares de efetivos militares.
Maduro também sinalizou a possibilidade de declarar um estado de emergência externa, que ampliaria seus poderes e impactaria as garantias constitucionais do país, embora essa medida nunca tenha sido aplicada anteriormente. Além disso, ele anunciou o início do Natal para 1º de outubro, uma forma de promover a “felicidade” em meio à crise.
Enquanto isso, o ministro Padrino ressaltou a determinação do governo em defender a soberania nacional, afirmando que as forças venezuelanas estão prontas para agir contra qualquer intruso em seu território.
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