Ygor Valença, presidente da Federação Nacional das Autoescolas do Brasil (Fenauto), manifestou sua insatisfação com a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que autorizou uma consulta pública sobre o fim da obrigatoriedade de autoescola na formação de condutores. Em um vídeo divulgado nas redes sociais nesta quinta-feira (2), Valença revelou que o setor não teve voz na deliberação.
Valença comentou que a decisão pegou o setor de surpresa novamente. Ele destacou que, desde julho, já se falava sobre a possibilidade de tornar a autoescola opcional, mas a nova medida foi inesperada. “Hoje completamos 60 dias em que fomos surpreendidos pelas declarações do ministro dos Transportes, Renan Filho, que sugeriu essa mudança. Agora, mais uma vez, somos pegos de surpresa, já que amanhã será aberta uma consulta pública para discutir a educação do trânsito no Brasil”, explicou.
O presidente da Fenauto também enfatizou que havia um entendimento de que qualquer mudança deveria passar pelo Congresso Nacional, respeitando compromissos estabelecidos com parlamentares e membros do governo. Valença citou encontros com a ministra Gleisi Hoffmann e outros deputados, onde foi acordado que a proposta deveria ser amplamente debatida para garantir que o impacto fosse viável.
Além disso, ele solicitou uma posição clara do governo federal e criticou a falta de diálogo. “Temos um compromisso com Gleisi Hoffmann, Lindbergh e José Guimarães, de que isso não seria decidido sem discussão. A classe não foi ouvida e não aceitará essa postura. Se essa decisão partir do senhor, presidente Lula, o senhor verá a força do nosso setor e o equívoco de sua escolha”, concluiu.
O debate sobre a obrigatoriedade das autoescolas promete movimentar o cenário da formação de condutores no Brasil. Qual a sua opinião sobre essa questão? Comente abaixo e compartilhe seus pensamentos!
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