Tá liberado? Especialista aponta que cerveja e vinho têm menor risco de intoxicação por metanol; entenda

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Com a chegada de mais uma sexta-feira, muitos baianos já estão pensando em relaxar com uma bebida. No entanto, essa prática pode estar em risco devido a um alerta de especialistas em saúde sobre a contaminação por metanol em bebidas alcoólicas. Recentemente, um surto de intoxicação por metanol foi registrado no Brasil, com mais de 11 casos confirmados, seis mortes e 52 suspeitas, afetando principalmente São Paulo, Pernambuco e o Distrito Federal.

Na Bahia, uma morte foi notificada como suspeita na manhã desta sexta-feira, em Feira de Santana. Diante desses casos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou evitar o consumo de destilados cuja procedência não seja clara e reforçou que bebidas alcoólicas “não são essenciais”.

Bebidas como destilados apresentam um maior risco de contaminação. Mas surge uma pergunta entre os consumidores: será que cerveja e vinho também podem causar intoxicação por metanol?

Em entrevista ao Bahia Notícias, a infectologista Clarissa Cerqueira explicou que a possibilidade de intoxicação por metanol através da cerveja existe, mas é bem menor em comparação a outras bebidas, como whisky, vodka e gin.

“Ainda que seja possível, não é comum. O que vemos com mais frequência são intoxicações relacionadas a bebidas destiladas”, diz a médica.

Ela explica que isso se deve ao fato de a cerveja ter um teor alcoólico menor. “Na cerveja, a concentração alcoólica é menor. Para haver intoxicação, não basta ter metanol; é necessário uma quantidade suficiente para causar sintomas. Muitas vezes, a cerveja tem concentração de álcool tão baixa que, mesmo que contenha metanol, não causaria grandes danos”, afirmou.

A especialista também indicou que a dose de metanol necessária para a intoxicação varia entre 30 e 240 ml, uma quantidade bastante alta. “Como a cerveja tem uma concentração de cerca de 5%, é muito difícil que se chegue à intoxicação. Já os destilados podem ter uma concentração que chega a 40%”, complementou.

Entretanto, ela alerta que a quantidade de cerveja consumida pode aumentar o risco de contaminação. “O risco existe, mas é baixo, pois depende da quantidade de cervejas ingeridas”, explica.

E o vinho?
O vinho também foi mencionado na discussão. Clarissa destacou que, assim como a cerveja, o processo de fermentação reduz o risco de intoxicação por metanol. “O vinho é mais difícil de causar intoxicação devida ao seu processo de produção. Acredito que o risco é semelhante ao da cerveja, mas pode ser um pouco maior”, avaliou.

Ela concluiu enfatizando que a relação entre a concentração de álcool e o risco de intoxicação por metanol deve ser considerada. Quanto maior a concentração, maior a possibilidade de toxicidade.

É importante que os moradores fiquem atentos às recomendações e se informem sobre a procedência das bebidas que consomem, especialmente neste momento de preocupação com a saúde. Compartilhe sua opinião sobre o assunto e como você lida com essas recomendações! Queremos saber o que você pensa.

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