Metanol: Entenda como é feita a análise de bebidas adulteradas

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A análise de bebidas suspeitas de adulteração é um trabalho de longa data da Polícia Científica de São Paulo. As garrafas apreendidas passam por uma série de verificações que incluem a checagem de rótulos e lacres, além de exames químicos para identificar substâncias como o metanol.

Recentemente, o governo paulista destacou a importância deste processo, afirmando que ele assegura a materialidade jurídica das investigações e ajuda a responsabilizar os envolvidos na falsificação. Para intensificar esse combate, um gabinete de crise foi criado e medidas adicionais estão sendo tomadas após casos de intoxicação por metanol.

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A força-tarefa no estado é composta pela Polícia Civil, Secretaria da Fazenda, Procon-SP e vigilâncias sanitárias estadual e municipal. Na última semana, foram interditados cautelamente 10 estabelecimentos, total ou parcialmente.

Com essas ações, amostras de bebidas são coletadas para verificar contaminação por metanol. O processo de análise começa quando as amostras chegam ao Instituto de Criminalística depois de uma apreensão policial.

Os produtos são registrados e enviados ao Núcleo de Documentoscopia, que investiga sinais de adulteração em rótulos, selos e embalagens. Um dos equipamentos utilizados é o Comparador Espectral de Vídeo, que detecta alterações em lacres e impressões.

Em seguida, as garrafas vão para o Núcleo de Química, onde ocorre a análise laboratorial do líquido. As amostras são comparadas com padrões originais fornecidos pelos fabricantes para detectar e quantificar a presença de metanol.

O processo é realizado sete dias por semana devido à gravidade dos casos recentes. O laudo técnico da polícia científica confirma a falsificação da bebida e indica se o nível de metanol encontrado é nocivo.

Emergência médica

A intoxicação por metanol é uma emergência médica grave. Essa substância, quando ingerida, se transforma em produtos tóxicos no organismo, como formaldeído e ácido fórmico, que podem ser fatais.

Os sintomas incluem visão turva ou perda de visão, além de mal-estar geral, como náuseas, vômitos e dores abdominais. Ao notar esses sintomas, procure imediatamente um serviço de emergência.

Você pode entrar em contato com:

Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;

CIATox na sua cidade para orientação especializada;

Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733.

É vital que todos que tenham consumido a mesma bebida consultem um serviço de saúde para avaliação. A demora no atendimento pode aumentar os riscos de desfechos graves, incluindo a morte.

O que você pensa sobre as medidas adotadas para combater a adulteração de bebidas? Deixe sua opinião nos comentários!

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