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Um relatório indica que, no futuro, cerca de cinco satélites da empresa de Elon Musk devem cair na Terra diariamente.

Representação artística da megaconstelação de satélites Starlink, da SpaceX, na órbita da Terra. Crédito: xnk – Shutterstock

Recentemente, moradores da Califórnia relataram ver objetos brilhantes caindo do céu, o que inicialmente parecia ser meteoritos. Contudo, um estudo da EarthSky revelou que esses objetos eram, na verdade, satélites Starlink em queda. Esse cenário deve se tornar cada vez mais comum.

Meteoritos cruzando céu alaranjado
Pareciam ser meteoritos, mas eram satélites caindo (Imagem: Triff/Shutterstock)

Atualmente, a cada dia, um a dois satélites Starlink caem na Terra. Isso se deve ao curto ciclo de vida desses dispositivos, que é de apenas cinco anos. Quando um satélite deixa de funcionar, outro é rapidamente enviado para substituí-lo. Um estudo prevê que, em breve, cerca de cinco satélites poderão parar de funcionar diariamente.

A situação pode ser ainda mais preocupante devido à maior atividade solar, que pode encurtar o ciclo de vida operacional desses equipamentos. Isso significa que as quedas podem se tornar muito mais frequentes.

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Número de satélites orbitando a Terra tem aumentado consideravelmente (Imagem: Dima Zel/Shutterstock)

É importante ressaltar que a Starlink é apenas uma das responsáveis por esse quadro. Atualmente, existem mais de 12 mil satélites em órbita, metade deles pertencentes a Elon Musk. Com mais dispositivos no espaço, aumentam as chances de colisões entre eles, o que gera mais detritos espaciais e potenciais acidentes, criando o que é conhecido como síndrome de Kessler.

Queda de satélites pode gerar riscos

  • A maioria dos satélites que caem na Terra não causa problemas relevantes.
  • Porém, alguns podem resultar em destruição e até em fatalidades.
  • Em 2023, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos emitiu um alerta sobre os riscos associados à queda desses equipamentos.
  • O relatório afirma que, até 2035, estima-se que a cada dois anos uma pessoa poderá ser ferida ou até morta por detritos espaciais.
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Representação artística de satélites caindo no mar (Imagem: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital)