De acordo com o boletim do Ministério da Saúde divulgado neste domingo, o número de notificações de intoxicação por metanol no Brasil chega a 225. Desses, 16 casos foram confirmados, enquanto 209 continuam em investigação. As ocorrências foram reportadas em 13 estados.
O estado de São Paulo é o mais afetado, com 14 confirmações e 178 suspeitas. O Ceará também notificou seu primeiro caso suspeito, enquanto o Paraná segue com dois casos confirmados. Até o momento, são 15 mortes relacionadas à intoxicação, com duas confirmadas em São Paulo e outras 13 ainda sendo apuradas.
Os casos de intoxicação foram registrados em várias localidades, incluindo o Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, e Rio de Janeiro. Diante do aumento das notificações, o Ministério da Saúde começou a distribuir etanol farmacêutico, um dos antídotos para o tratamento de intoxicações por metanol, para os estados que solicitaram reforço de estoque.
Nessa primeira remessa, foram enviadas 580 ampolas de etanol aos estados. A distribuição incluiu 240 para Pernambuco, 100 para o Paraná e outras quantidades para a Bahia e o Distrito Federal. O ministério também firmou contrato para adquirir 2.500 unidades de fomepizol, outro medicamento utilizado no tratamento, que chegará na próxima semana do Japão.
Entenda o risco
O metanol é uma substância comum em produtos industriais, como solventes e combustíveis, mas é altamente tóxica ao ser humano. No organismo, pode ser transformada em compostos que causam cegueira, coma e até a morte. Os principais sintomas de intoxicação incluem visão turva, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese intensa.
O ministério recomenda que qualquer pessoa com sintomas procure imediatamente um serviço médico e informe sobre possíveis contatos que tenham ingerido a mesma bebida. Os canais de atendimento disponíveis são:
- Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001
- Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733
- CIATox da localidade
É fundamental que todos na região fiquem atentos e informados sobre os riscos da ingestão de substâncias não seguras. Como você vê essa situação? Deixe sua opinião nos comentários.
Facebook Comments