A violência jihadista na Nigéria continua a crescer, colocando em risco a vida dos cristãos. Grupos extremistas islâmicos, como os radicais entre o povo fulani, Boko Haram e ISWAP, têm intensificado os ataques, especialmente durante o governo do ex-presidente Muhammadu Buhari. Isso transformou a Nigéria no epicentro da violência contra a igreja, com o governo falhando em proteger os cristãos e punir os agressores.
Atualmente, a Nigéria ocupa a 7ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, que classifica os 50 países onde os cristãos enfrentam mais perseguições. Inicialmente, os ataques eram mais frequentes no norte, predominantemente muçulmano, mas a violência se espalhou para o Cinturão Médio e até para o Sul. Essa escalada traz consequências trágicas: muitos homens cristãos são mortos, enquanto mulheres enfrentam sequestros e violência sexual.
Mais cristãos são assassinados pela sua fé na Nigéria do que em qualquer outro lugar do mundo. Os militantes também destroem propriedades, incluindo casas e igrejas, e comprometem os meios de subsistência das famílias cristãs. Estima-se que mais de 16,2 milhões de cristãos na África Subsaariana foram deslocados por conflitos, com a maioria proveniente da Nigéria. Muitos vivem agora em acampamentos para deslocados internos, enquanto aqueles nas regiões do norte enfrentam a sharia, tornando-se cidadãos de segunda classe.
Em meados de 2025, extremistas atacaram várias localidades no estado de Benue, resultando em mais de 200 mortes e milhares de deslocados. A maioria das comunidades atacadas é composta por cristãos. Essa brutalidade evidencia um padrão alarmante: grupos extremistas atacam desproporcionalmente os cristãos, causando mortes e traumas profundos. Apesar dos desafios, a fé resiliente dos cristãos nigerianos continua a resistir.
Recentemente, parceiros locais da organização Portas Abertas visitaram pessoas deslocadas. Em conversas impactantes, uma sobrevivente de Benue, Imma, compartilhou que “muitos da nossa família foram mortos. No meio do caos, estávamos apenas correndo sem rumo.” Relatos indicam que os ataques são motivados pelo desejo dos extremistas de converter à força os cristãos ao islã, levando à violência contínua.
A perseguição a cristãos na África Subsaariana não se limita à Nigéria. Países como Burkina Faso também enfrentam ataques extremos. Entre outubro de 2023 e setembro de 2024, mais de 4.400 cristãos foram mortos por sua fé na região, com 69% das mortes ocorrendo na Nigéria, totalizando cerca de 3.100 vítimas. Além disso, a Nigéria lidera em sequestros, com 2.830 casos registrados — 75% do total no relatório.
A situação é alarmante: 183.709 cristãos foram forçados a deixar suas casas devido à violência. A Nigéria sozinha representa cerca de 100 mil desses casos, ou seja, mais da metade do total. Outros países também contribuem com suas parcelas, mas a situação na Nigéria é particularmente crítica.
Em resposta ao estado de emergência enfrentado pelos cristãos na região, a Portas Abertas lançou a Campanha Global Desperta África, focando nas necessidades urgentes dos perseguidos. Essa iniciativa visa combater as consequências da violência, como insegurança alimentar e pobreza.
A realidade dos cristãos na Nigéria exige atenção e apoio. É imperativo que não fiquemos em silêncio diante dessa luta. O que você pensa sobre a situação dos cristãos na Nigéria e na África Subsaariana? Compartilhe sua opinião.
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