Contratos de parentes de diretores do INSS têm cláusula antipropina

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Empresários que controlam quatro entidades envolvidas em fraudes contra o INSS assinaram contratos de consultoria com cláusulas anticorrupção. Esses contratos foram revelados por uma investigação do Metrópoles, que expôs a atuação irregular de empresas que faturaram juntas R$ 700 milhões com descontos indevidos.

Entre os contratos, estão aqueles com Eric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios André Fidelis, e Thaisa Hoffman, esposa do ex-procurador-geral do INSS, Virgílio de Oliveira Filho. As transações financeiras estão sob investigação, suspeitando-se que seriam formas de propina.

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Os empresários Igor Dias Delecrode, Felipe Macedo Gomes, Anderson Cordeiro e Américo Monte, que estão à frente das empresas Amar Brasil Clube de Benefícios, Master Prev, ANDAPP e AASAP, foram destacados na investigação. As quatro empresas apresentaram faturamento significativo, levantando suspeitas sobre sua atuação.

De acordo com relatórios enviados à CPMI do INSS, esses empresários, que possuem negócios em diversos setores, ostentam bens luxuosos em regiões nobres de São Paulo. Um caso específico traz à tona um pagamento de R$ 93 mil, identificado como uma transferência de Américo Monte para Erica Fidelis.

Contratos Anticorrupção Chamam a Atenção

Um contrato, por exemplo, foi firmado entre a empresa Cálculo Certo de Felipe Gomes e a Protected Soluções, de Eric Fidelis. Este contrato inclui serviços relacionados a software e uma cláusula garantindo a não prática de corrupção. Outro contrato, também com uma cláusula similar, foi firmado com a esposa de Virgílio de Oliveira Filho, para serviços de assessoria.

O Metrópoles procurou os citados para comentários, mas não obteve retorno.


Pagamentos do Careca do INSS

  • O lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, fez pagamentos significativos a familiares de diretores do INSS.
  • O escritório de Erica Fidelis recebeu R$ 1,46 milhão, e Thaisa Hoffmann, R$ 7,5 milhões, durante o período das fraudes.
  • Neste contexto, a Polícia Federal destacou um acréscimo patrimonial significativo do ex-procurador Virgílio Filho, somando R$ 18.330.145,18 devido à atuação nas fraudes.
  • Além disso, Alexandre Guimarães, ex-diretor do INSS, também recebeu R$ 313,2 mil relacionados ao esquema.

Esse assunto levanta questões importantes sobre a ética no serviço público e o combate à corrupção. O que você acha dessas revelações? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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