O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que a recente valorização do real é uma dos principais fatores para a desinflação mais acentuada nos bens em comparação aos serviços. Durante um evento em São Paulo, Galípolo explicou que, apesar da desvalorização do dólar no cenário global, o real tem mostrado um desempenho superior a várias outras moedas.
Ele comparou a situação do Brasil com a do México, que não enfrentou uma desvalorização tão severa no último trimestre do ano passado. Galípolo afirmou que essa apreciação cambial ajuda a explicar a rápida desinflação observada em bens, enquanto a desinflação em serviços permanece lenta.
Em relação ao cenário econômico, Galípolo comentou sobre o chamado “índice de mal-estar”, que considera o nível de desemprego e inflação. Ele acredita que este índice deve registrar em 2025 o melhor desempenho da série histórica, refletindo uma diminuição significativa do desemprego e uma expectativa de inflação abaixo de 5% ao final do ano.
Sobre o crédito, o presidente do Banco Central mencionou que as taxas de juros restritivas deverão desacelerar as concessões. Ele também destacou uma mudança regulatória que afeta os beneficiários do INSS, que agora precisam realizar cadastro biométrico para obter empréstimos.
Galípolo observou uma queda nas operações de crédito, principalmente entre pessoas jurídicas, relatando uma diminuição de 15% no risco-sacado, possivelmente relacionada a mudanças na tributação do IOF.
Ele concluiu afirmando que a economia brasileira demonstra resiliência, e espera-se uma suavização no crescimento econômico com base nos indicadores observados até agora.
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