A Argentina confirmou a extradição de um empresário procurado pelos Estados Unidos por tráfico de drogas, envolvido em um escândalo que relaciona suas atividades a um deputado próximo ao presidente Javier Milei. A informação foi divulgada na última terça-feira pela Presidência.
O deputado José Luis Espert, principal candidato de Milei para as eleições legislativas de 26 de outubro, inicialmente negou, mas posteriormente admitiu ter recebido 200 mil dólares (cerca de 1 milhão de reais) de Federico “Fred” Machado, o empresário em questão, que atualmente está detido e investigado por tráfico internacional de drogas.
Com o escândalo, Espert renunciou à sua candidatura pela província de Buenos Aires, impactando a estratégia de Milei, que busca conquistar mais cadeiras no Congresso, onde seu partido, A Liberdade Avança, é minoria. O presidente aceitou a renúncia e acusou a oposição de realizar uma “operação sinistra” contra Espert.
Fred Machado, de 57 anos, está sob prisão domiciliar desde 2021, após uma ordem da Interpol. Na mesma terça-feira, o presidente Milo pediu que sua equipe tomasse as medidas necessárias para a extradição de Machado aos Estados Unidos.
Machado reconheceu que forneceu dinheiro e suporte logístico a Espert, incluindo voos em aviões privados para sua campanha política de 2019. Ele destacou que o valor total poderia ter sido até maior que os 200 mil dólares mencionados. As autoridades americanas acusam Machado de várias infrações, incluindo conspiração para a fabricação e distribuição de cocaína.
Em resposta ao escândalo, um promotor argentino iniciou uma investigação sobre Espert por suspeitas de lavagem de dinheiro. A oposição também busca a expulsão do deputado do Congresso.
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