Treze brasileiros detidos em Israel após uma flotilha humanitária com destino à Gaza serão deportados para a Jordânia nesta terça-feira, 7 de outubro. A informação foi confirmada pela Global Sumud Flotilla, organização responsável pela missão.
Em comunicado divulgado na noite de segunda-feira, o grupo informou que os brasileiros, incluindo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), cruzarão a fronteira a pé pela ponte Allenby/Rei Hussein, que conecta Israel à Jordânia.
“É estimado que nossos participantes cheguem à Jordânia por volta das 12h no horário local (6h em Brasília). A Embaixada brasileira em Amã já está preparada para recebê-los e prestar todo o auxílio necessário, incluindo uma consulta médica para avaliar o estado de saúde de cada um”, diz a nota.
Flotilha humanitária interceptada
- A flotilha foi organizada para levar alimentos e remédios à Faixa de Gaza, região sob bloqueio israelense.
- Os participantes já denunciavam as restrições impostas por Israel à entrada de ajuda humanitária no território palestino.
- As embarcações foram interceptadas por forças israelenses na semana passada, resultando na detenção dos tripulantes, incluindo os brasileiros que agora estão prestes a deixar o país.
- A deportação para a Jordânia deve encerrar esse episódio, mas o grupo e seus apoiadores prometem continuar denunciando as condições do bloqueio e defendendo o envio de ajuda à população palestina.
Greve de fome e falta de atendimento
Dos 13 brasileiros presos, quatro iniciaram uma greve de fome em protesto contra as condições de detenção. Thiago Ávila, Ariadne Telles, João Aguiar e Bruno Gilca estão há dias sem acesso a medicamentos e aos cuidados médicos básicos.
Diplomatas brasileiros visitaram o presídio nesta segunda-feira em uma missão que, segundo o Global Sumud Flotilla, durou mais de oito horas. O Itamaraty está acompanhando a situação e afirmou que a embaixada em Amã está pronta para acolher os deportados assim que chegarem à Jordânia.
Uma publicação no Instagram da deputada Luizianne Lins relatou as condições enfrentadas pelos brasileiros detidos em Israel. Os ativistas, incluindo a parlamentar, descreveram “condições degradantes, uso de violência psicológica e falta de tratamento médico adequado” na prisão de Ketziot, localizada no deserto de Negev.
Segundo o relato, alguns detidos, como Luizianne, só receberam medicamentos após pressão diplomática do governo brasileiro. Além disso, a publicação menciona que audiências judiciais ocorreram sem a presença de advogados e que há uma ordem judicial permitindo a deportação imediata dos estrangeiros retidos.
Esse episódio levanta questões importantes sobre as condições de detenção e a atuação do governo. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe suas opiniões nos comentários.
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