Esposa do delegado-geral de Alagoas é alvo da PF por fraude no CNU

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Aially Xavier, esposa do delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Gustavo Xavier, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) chamada Última Fase. A investigação apura fraudes em concursos públicos, incluindo o Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024.

A residência do casal foi visitada pela PF, que investiga se Aially se beneficiou de um esquema criminoso ao prestar o concurso para o cargo de auditor fiscal do trabalho. Ela entrou na mira da PF depois que os investigadores notaram que seu gabarito era idêntico ao de outros participantes suspeitos.

Embora a PF não tenha esclarecido como Aially teria se envolvido com o grupo acusado de fraudar a prova, uma análise de um aparelho celular atribuído a ela não revelou informações pertinentes ao caso. A corporação identificou que candidatos com gabaritos iguais apresentavam erros e acertos semelhantes nas respostas, indicando uma possível trapaça.

Em mais detalhes, a PF explicou que a prova para auditor foi dividida em dois turnos, manhã e tarde, com três tipos de cadernos. Cada um tinha uma seleção de questões variadas, o que teria dificultado fraudes. No entanto, mesmo assim, foi possível detectar anomalias nos resultados.

Imagem colorida de agente da Polícia Federal. Procurador de SP que abusou de filha de oito meses é preso pela PF - Metrópoles

Além de Aially, quatro outros candidatos também apresentaram gabaritos idênticos. A PF constatou, com a ajuda de informações da Cesgranrio, responsável pela organização da prova, que a similaridade nos gabaritos não era uma coincidência.

A PF está investigando fraudes também em outros concursos públicos e já cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, com três prisões em estados como Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Entre os métodos de fraude identificados está a utilização de um ponto eletrônico.

Em resposta às acusações, Aially, por meio de um assessor, declarou que não há provas de irregularidades. Ela destacou que é natural existirem gabaritos semelhantes em provas competitivas e questionou a origem da investigação, que partiu de um delegado da Paraíba, enquanto ela reside em Alagoas.

O delegado-geral, Gustavo Xavier, não comentou sobre o caso quando contatado.

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