A prisão do deputado estadual Binho Galinha (PRD) trouxe impactos imediatos nas suas pretensões políticas. Informações reveladas ao Bahia Notícias indicam que ele estava em negociações para se filiar ao Avante, com a mediação do presidente estadual do partido, Ronaldo Carletto. No entanto, a repercussão das investigações policiais travou essas conversas.
Um membro do governo estadual confirmou em conversa reservada que as tratativas não poderiam prosseguir “nessas condições”. Binho Galinha enfrenta acusações do Ministério Público da Bahia (MP-BA) de liderar uma milícia em Feira de Santana, o que levou à sua prisão preventiva na última sexta-feira (3).
Em 2023, o Avante organizou um encontro com potenciais novos filiados, onde Binho Galinha esteve presente. Desde esse evento, ele e Ronaldo Carletto mantiveram diálogos sobre a filiação, que poderia ocorrer antes da abertura oficial da janela partidária devido à fusão entre o Patriota e o PTB, resultando na criação do PRD.
Binho também fazia parte do “G8”, um grupo informal de oito parlamentares criado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) com a articulação de Carletto. O bloco incluía deputados de diferentes legendas, como Vitor Azevedo (PL) e Raimundinho da JR (PL).
Sobre sua permanência no PRD, o presidente estadual da legenda, deputado Marcinho Oliveira, aguarda uma decisão da AL-BA. Atualmente, a Assembleia discute se o mandato de Binho Galinha será cassado ou se passará por um período de suspensão primeiro.
Binho Galinha é acusado de liderar uma organização criminosa atuando em Feira de Santana. De acordo com a Operação Estado Anômico, o grupo é envolvido em crimes como lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, agiotagem e tráfico de drogas.
A prisão preventiva do deputado e de outros nove integrantes do grupo foi decretada pelo Judiciário no dia 19 de agosto. Um mandado de busca e apreensão na residência de Binho ocorreu na última segunda-feira (1º), resultando na prisão de sua esposa e filho pela Polícia Federal.
Binho se entregou ao MP-BA na sexta-feira (3) em Feira de Santana e foi escoltado até Salvador, onde permanecerá custodiado.
Qual sua opinião sobre essa situação? Você acha que as negociações políticas devem continuar mesmo diante de acusações sérias? Deixe seu comentário e participe da conversa.
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