A Prefeitura de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, anunciou a morte de Bruna Araújo de Souza, de 30 anos. Ela estava internada desde o final de setembro após ingerir bebida alcoólica adulterada, resultando em contaminação por metanol, conforme exames médicos.

Bruna é a primeira vítima fatal confirmada na cidade devido a essa substância. No dia 3 de outubro, a administração municipal informou que seu estado de saúde havia piorado e os médicos estavam avaliando a realização de um protocolo para confirmação de morte cerebral. Este processo visa verificar se o cérebro ainda responde a estímulos ou se a morte encefálica se tornou irreversível.

Em comunicado, a Secretaria de Saúde destacou que Bruna “evoluiu a óbito após a adoção de protocolo de cuidados paliativos”. A prefeitura expressou suas condolências à família e reforçou que a jovem recebeu a melhor assistência possível durante sua internação. Até o dia 6 de outubro, a Vigilância Epidemiológica da cidade havia recebido 78 notificações de suspeita de intoxicação por metanol, resultando em seis óbitos e 72 atendimentos na rede de saúde local.

Dentre os falecimentos, Bruna é a única com a confirmação da intoxicação. O Instituto Médico Legal (IML) está realizando exames em todos os casos para confirmar ou descartar a contaminação. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o Brasil registra 17 casos confirmados de intoxicação por metanol, com outras 200 ocorrências ainda em investigação, a maioria concentrada em São Paulo, que já contabiliza 15 casos confirmados.

O Ministério da Saúde informou que 14 mortes ocorreram até agora, incluindo duas na capital paulista. A morte de Bruna ainda não foi contabilizada no último relatório oficial, que foi publicado antes da confirmação pela Prefeitura. A Vigilância Epidemiológica está em contato com as famílias das vítimas para identificar possíveis locais de consumo das bebidas adulteradas. Até a data, quatro estabelecimentos e lotes de bebidas foram interditados.

A Polícia Civil também se envolveu nas investigações e apreendeu garrafas dos locais relacionados. A Delegacia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente (DICMA) está à frente da investigação criminal.

O caso de Bruna chama a atenção para a segurança no consumo de bebidas alcoólicas, especialmente em situações de adulteração. Se você já passou por experiências semelhantes ou tem alguma história para compartilhar, sinta-se à vontade para deixar seu comentário. Sua opinião é importante!