O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou 20 pessoas, sendo 11 homens e 9 mulheres, por envolvimento em um esquema de falsificação de bebidas alcoólicas. O grupo foi apreendido no dia 23 de setembro, durante uma operação da Polícia Civil em Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo. As investigações visavam a distribuição ilícita de bebidas na localidade.
Até o momento, não há evidências de que o grupo utilizasse metanol nas adulterações. A operação ocorreu poucos dias antes de um alerta do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre os primeiros casos de contaminação por metanol no estado.
Durante a ação, as autoridades apreenderam garrafas, rótulos, tampas e equipamentos relacionados à falsificação. O grupo foi flagrado manipulando os produtos diretamente no local. Entre os denunciados, está uma pessoa considerada o principal fornecedor de insumos para a falsificação de bebidas em São Paulo.
O promotor Felipe Ribeiro Santa Fé enfatizou a organização do esquema, mencionando a “clara divisão de tarefas” que evidenciava a estabilidade do grupo criminal e o risco de continuidade dos delitos. Neste ano, 41 pessoas foram presas por adulteração de bebidas no estado, embora, segundo o governo paulista, essas prisões não estejam conectadas entre si ou com a estrutura do crime organizado.
Além disso, o Ministério da Saúde recebeu 217 notificações de intoxicação por metanol no Brasil, até esta segunda-feira (6). O estado de São Paulo é responsável por 82,49% dessas ocorrências, com 15 casos confirmados e 164 sob investigação. No restante do país, 17 casos foram confirmados, e 200 estão em análise. O Paraná, por sua vez, registrou dois casos confirmados e quatro em investigação.
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