O Hamas divulgou nesta quarta-feira, 8 de outubro, que há um clima de ‘otimismo’ nas negociações indiretas com Israel, que são realizadas no Egito. O foco dessas conversas é estabelecer um acordo para o fim da guerra na Faixa de Gaza. As discussões acontecem em Sharm el-Sheikh, com a mediação de Estados Unidos, Catar e Turquia.
Taher al Nunu, porta-voz do grupo, informou que o Hamas apresentou à Israel ‘listas de prisioneiros a serem soltos’, como parte de uma proposta de troca envolvendo reféns em Gaza e palestinos detidos em prisões israelenses. Essas negociações têm como base um plano de 20 pontos divulgado em setembro pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O plano inclui o cessar-fogo, a retirada gradual das tropas israelenses e a libertação de reféns. Al Nunu ressaltou que os mediadores estão empenhados em superar os obstáculos para implementar as diferentes etapas do acordo e acredita que o otimismo é compartilhado entre todos os envolvidos.
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, também comentou sobre a disposição dos representantes americanos, que, segundo ele, chegaram com uma mensagem forte e um propósito claro de encerrar a guerra. Trump indicou que há uma ‘oportunidade real’ para um acordo, com representantes de alto nível do governo americano, do Catar e da Turquia participando das negociações.
Contudo, alguns pontos ainda geram impasse. O Hamas concorda em liberar reféns em troca do término das hostilidades e da retirada completa de Israel da região, mas não menciona o desarmamento, uma demanda importante de Tel-Aviv. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apoia o plano de Trump, mas insiste que as forças de segurança devam permanecer em grande parte do território e que o Hamas precisa ser desarmado.
Recentemente, o ministro israelense Itamar Ben Gvir provocou uma forte reação ao visitar a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém. Em meio a esse contexto, já se passaram dois anos desde o ataque do Hamas que desencadeou o conflito em 7 de outubro de 2023, resultando em mais de 1.200 mortes em Israel e mais de 67 mil palestinos em Gaza, de acordo com dados oficiais. A ONU alertou sobre uma crise humanitária severa na região, onde muitas áreas enfrentam uma ‘fome extrema’.
Enquanto isso, o principal negociador do Hamas, Khalil al Hayya, declarou que o grupo busca garantias de que a guerra chegará ao fim de forma definitiva. O cenário continua a ser tenso, mas a busca por uma solução parece ganhar novos contornos.
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