A Polícia Federal está apurando se o metanol deixado por criminosos após uma operação no setor de combustíveis foi utilizado para adulterar bebidas alcoólicas. Essa informação foi divulgada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Ele mencionou que muitos caminhões e tanques com a substância tóxica foram abandonados após a operação.

Lewandowski esclareceu que a investigação busca descobrir a origem do metanol, que pode vir de combustíveis fósseis ou de produtos agrícolas. Ele destacou que a abordagem repressiva mudará dependendo da origem da substância. O ministro também não descartou investigar a relação entre o crime organizado e as falsificações de bebidas, que têm causado intoxicações em várias regiões do país.

Recentemente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, negou qualquer ligação entre as contaminações por metanol em bebidas e o crime organizado, apesar de o estado registrar o maior número de casos e mortes.

Controle sobre falsificações

Lewandowski afirmou que o governo pretende intensificar o controle sobre a venda de rótulos, lacres, tampas e garrafas que podem ser usados na falsificação de bebidas. Essa ação será coordenada pela Secretaria Nacional do Consumidor, pelo Ministério da Agricultura e pela Receita Federal.

Crição de um comitê de enfrentamento

O ministro anunciou a criação de um comitê, em colaboração com a sociedade civil, para abordar os problemas relacionados às bebidas contaminadas por metanol. O objetivo é planejar ações contra a adulteração e proteger o setor de bebidas. A formação desse comitê foi divulgada após uma reunião com representantes do setor.

Segundo Lewandowski, o comitê será um espaço informal para compartilhar informações e boas práticas. O intuito é trabalhar em conjunto para encontrar soluções rápidas para a questão.

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