Na noite da última quarta-feira (8), a Câmara dos Deputados decidiu, por votação, derrubar a Medida Provisória que alterava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou que buscará alternativas para a arrecadação, especialmente cobrando que as fintechs, que hoje competem em pé de igualdade com os bancos, contribuam adequadamente com impostos.
Na manhã seguinte, Lula se reuniu com seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Ele explicou que não pretende perder tempo discutindo a situação e ressaltou sua agenda de viagens, mas prometeu voltar a Brasília na quarta-feira (15) para reunir seu governo e discutir as próximas ações. Durante uma entrevista à rádio Piatã, da Bahia, Lula destacou: “Precisamos garantir que benefícios sociais não sejam destruídos.”
Lula expressou a necessidade de encontrar novas fontes de arrecadação após a derrota no Congresso. A MP, que incluía cobranças sobre apostas e fintechs, poderia ter gerado bilhões em receita, que foram vistos por membros da oposição como uma forma de ajudar Lula em sua reeleição em 2026. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, criticou essa visão, afirmando que a aprovação seria um presente para o governo Lula.
Próximos passos
Lula reafirmou sua intenção de reunir os ministros para debater novas estratégias. A rejeição da MP foi vista como uma grande perda, não apenas para o governo, mas para o povo brasileiro segundo suas palavras. Ele lamentou que o Congresso não tenha aprovado o aumento dos impostos sobre os mais ricos, sugerindo que os ricos deveriam contribuir mais, em vez de transferir o peso fiscal sobre os trabalhadores que pagam 27,5% de imposto de renda.
A insistência de Lula em que as fintechs paguem sua parte reflete um compromisso em balancear a política fiscal e o suporte a políticas sociais. Ele se disse triste pela recusa do Congresso em aceitar um aumento de imposto mais justo e argumentou que isso afetaria diretamente a qualidade de vida dos brasileiros menos favorecidos.
Com a defasagem nas arrecadações prevista após a queda da MP do IOF, fica a incerteza sobre os próximos passos que o governo tomará para garantir que sua agenda social seja mantida. O cenário apresenta um desafio significativo para o governo e sua habilidade de implementar as políticas prometidas.
E você, o que pensa sobre a proposta de impostos mais altos para as fintechs? Acha que essa medida ajudaria a equilibrar as contas? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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