Macron nomeia novamente Lecornu como primeiro-ministro da França

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Em um movimento surpreendente, o presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou novamente Sébastien Lecornu como primeiro-ministro neste dia 10 de outubro. A decisão vêm após a renúncia de Lecornu, que durou apenas 14 horas e acentuou a crise política que afeta a França desde 2024.

Lecornu, um político de 39 anos, agora enfrenta o desafio de formar uma maioria parlamentar e aprovar o orçamento de 2026, em meio à pressão tanto da esquerda quanto da direita, que exigem um governo independente de Macron. Em sua declaração nas redes sociais, o novo primeiro-ministro afirmou: “Aceito, por dever, a missão que me confiou o presidente”, mesmo tendo dito anteriormente que não queria o cargo.

A situação política na França se complicou após as eleições antecipadas de 2024. A Assembleia Nacional está dividida entre diversos partidos, e dois primeiros-ministros anteriores a Lecornu foram destituídos enquanto tentavam aprovar seus orçamentos. A renúncia precoce de Lecornu levou a um descontentamento significativo entre os membros do partido conservador Los Republicanos, que é um aliado do governo.

Após uma reunião de mais de duas horas entre Macron e líderes políticos, surgiu a possibilidade de alcançarem alguns compromissos para evitar novas eleições. No entanto, ainda não há informações claras sobre quem serão os aliados de Lecornu ou quais concessões ele fará às oposições. A líder ecologista, Marine Tondelier, expressou preocupações com a instabilidade, afirmando que a situação não indicava um bom futuro.

A pressão política aumentou, com partidos de extrema-direita e esquerda criticando Lecornu, descrevendo-o como “irresponsável”. Em suas declarações, Lecornu indicou que seu governo representará uma “renovação” e assegurou que nenhum membro teria ambições presidenciais nas eleições de 2027, uma vez que Macron não poderá se reeleger.

Além disso, Lecornu mencionou que todos os temas debatidos no Parlamento estão abertos à discussão, incluindo a impopular reforma da previdência imposta em 2023. Os socialistas, que buscam adiar a idade de aposentadoria, já declararam que não há um acordo que impeça a censura ao governo. O grande objetivo de Lecornu é apresentar rapidamente um orçamento que consiga unir a maioria na Assembleia e, assim, lidar com a crescente dívida pública, que chegou a 115,6% do PIB em junho.

O que você acha desse novo capítulo na política francesa? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre os desafios que Lecornu enfrenta.

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