Uma nova pesquisa revelou como a mistura de personalidades pode influenciar o desempenho de equipes em missões espaciais. Os cientistas descobriram que grupos com maior diversidade de características têm um desempenho melhor sob pressão. Esse achado pode impactar a forma como a NASA escolhe e treina seus astronautas. O estudo foi publicado na revista científica PLOS One na última quarta-feira.
A equipe simulou uma missão de 500 dias em Marte, levando diferentes tripulações para um ambiente virtual. Nesse cenário, os astronautas virtuais enfrentaram espaços confinados e uma carga de trabalho intensa, tendo que manter comportamento profissional e boa comunicação.

O estudo utilizou teorias psicológicas ligadas à modelagem baseada em agentes (ABM). Este método cria avatares virtuais que tomam decisões e interagem uns com os outros. “Exploramos como diferentes personalidades podem afetar o estresse e o desempenho da tripulação, desvendando os desafios que os astronautas podem enfrentar em longas jornadas”, afirmaram os pesquisadores Iser Pena e Hao Chen, do Instituto de Tecnologia Stevens, em uma entrevista ao portal Science.com.
Diversidade de personalidades se mostrou essencial para equipes resilientes
Os pesquisadores argumentam que a diversidade psicológica deve ser um fator tão relevante quanto a tecnologia de suporte à vida. Eles destacam a necessidade de ferramentas que avaliem e otimizem a formação das tripulações, considerando cenários realistas de uma viagem a Marte.
A simulação monitorou as interações entre os agentes, suas características e funções em um ambiente compartilhado. Isso permitiu mensurar os efeitos da composição da equipe em larga escala.
Os cientistas incorporaram cinco traços principais de personalidade do modelo Big Five:
- Abertura: curiosidade e imaginação
- Amabilidade: cooperação e empatia
- Conscienciosidade: organização e disciplina
- Extroversão: sociabilidade e energia
- Neuroticismo: mau humor e instabilidade

Ao distribuir esses traços entre os membros da equipe, em funções como médico, piloto e engenheiro, os pesquisadores descobriram que uma mistura de personalidades resulta em um ambiente mais equilibrado e eficiente. Isso reforça a ideia de que a diversidade de características e habilidades suporta a resiliência da equipe.
Apesar dos avanços, os pesquisadores reconhecem limitações no modelo. Os agentes não amadurecem ao longo do tempo, por exemplo. Melhorar as simulações será importante para entender como o estresse influencia os relacionamentos, um fator vital na formação de equipes para missões espaciais.
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